NONATO BANDEIRA FALA SOBRE LUCIANO AGRA
Ao Amigo Agra
Simples, generoso, sincero, compreensivo, honesto, leal e,
acima de tudo, amigo. Luciano Agra era único. Seja como homem
compenetrado tomando decisões administrativas na Capital ou o menino
soltando fogos com meninos de verdade no São João lá em Bananeiras.
Nessa aventura terrena tive a sorte de conhecê-lo e dividir
alegrias e tristezas. Privar de sua amizade, ouvir seus conselhos e
compartilhar momentos que levarei comigo até o reencontro ainda não
marcado que certamente teremos.
Um homem com tanta bondade contemplou essa paisagem. E como
ele gostava de viver. Lutou pela vida até o final. E como também amava
essa cidade. Da varanda do seu apartamento em Manaíra dava gosto olhar
para ele vendo-o olhar para a João Pessoa que tanto amou. E idealizou.
Até logo, velho amigo. E para não fugir à regra dos
pensadores que gostavas tanto de citar em suas twittadas matinais,
recorro não ao teu preferido e profundo Nietzsche, mas aos mineiros
Fernando Brant e Milton Nascimento, mais simples e apropriados ao
instante de tristeza que me bate ao peito agora:
“Amigo é coisa pra se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir…”
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