segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Esclarecimento e prevenção

Câncer de próstata: 930 paraibanos podem ter a doença, aponta pesquisa



 
O câncer continua a ser um problema mundial, e o câncer de próstata é o segundo mais recorrente. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), são esperados 68 mil casos do câncer de próstata até o final de 2014. Na Paraíba, a pesquisa indicou que 930 homens podem ter a doença, destes, 220 seriam em João Pessoa.

Neste mês, a campanha mundial Novembro Azul, criada em 2008 pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, visa esclarecer a população acerca dos mitos da doença e estimular o exame como forma de prevenção do câncer de próstata, o que continua a ser um tabu entre os homens. De acordo com o urologista do sistema Hapvida Saúde, Osório Abath, este é um dos principais fatores da mortalidade em decorrência da doença. "Um dos maiores problemas é o preconceito dos homens em relação ao exame de toque, que continua sendo o meio mais eficaz de descoberta do tumor", explica.
No início, este tipo de câncer não apresenta sintomas significativos que possam ser associados a ele, o que pode causar uma descoberta tardia da doença. Segundo o urologista, o diagnóstico precoce garante que os homens tenham quase 100% de chance de cura. Por causa disso, a recomendação médica é que os homens com casos de câncer de próstata na família comecem a fazer os exames a partir dos 40 anos. Já os que não se encaixam nesse perfil podem aguardar até os 45 anos.
Após a descoberta do tumor, é preciso fazer o exame de PSA (Antígeno Prostático Específico) e, posteriormente, a biópsia, que confirmará ou não a doença. O tratamento deste câncer pode ser feito através de radioterapia, que queimará o tumor, ou cirurgia, com retirada da próstata. O urologista explica que, depois do procedimento cerca de 20% dos homens podem ter impotência, que pode ser resolvida com uma prótese peniana, ou incontinência urinária.
"A próstata tem um hormônio dependente e é desenvolvida pela testosterona. Com a retirada desse hormônio, a próstata atrofia, sendo esse um dos passos básicos no tratamento da doença, mas que pode causar a perda do desejo sexual", afirma o médico. No entanto, Osório Abath esclarece que, depois dos 40 anos, é normal que haja uma elevação nos níveis desse hormônio e, por consequência, um crescimento da próstata. Dependendo do tamanho que atinja, isso pode causar problemas urinários, mas nem sempre é sinal de que o homem está com câncer.
Assessoria

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