Câncer de próstata: 930 paraibanos podem ter a doença, aponta pesquisa
O câncer continua a ser um problema mundial, e o câncer de próstata é o
segundo mais recorrente. De acordo com dados do Instituto Nacional de
Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), são esperados 68 mil casos
do câncer de próstata até o final de 2014. Na Paraíba, a pesquisa
indicou que 930 homens podem ter a doença, destes, 220 seriam em João
Pessoa.
Neste mês, a campanha mundial Novembro Azul, criada em
2008 pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, visa esclarecer a população
acerca dos mitos da doença e estimular o exame como forma de prevenção
do câncer de próstata, o que continua a ser um tabu entre os homens. De
acordo com o urologista do sistema Hapvida Saúde, Osório Abath, este é
um dos principais fatores da mortalidade em decorrência da doença. "Um
dos maiores problemas é o preconceito dos homens em relação ao exame
de toque, que continua sendo o meio mais eficaz de descoberta do
tumor", explica.
No início, este tipo de câncer não apresenta
sintomas significativos que possam ser associados a ele, o que pode
causar uma descoberta tardia da doença. Segundo o urologista, o
diagnóstico precoce garante que os homens tenham quase 100% de chance de
cura. Por causa disso, a recomendação médica é que os homens com casos
de câncer de próstata na família comecem a fazer os exames a partir
dos 40 anos. Já os que não se encaixam nesse perfil podem aguardar até
os 45 anos.
Após a descoberta do tumor, é preciso fazer o exame
de PSA (Antígeno Prostático Específico) e, posteriormente, a biópsia,
que confirmará ou não a doença. O tratamento deste câncer pode ser
feito através de radioterapia, que queimará o tumor, ou cirurgia, com
retirada da próstata. O urologista explica que, depois do procedimento
cerca de 20% dos homens podem ter impotência, que pode ser resolvida
com uma prótese peniana, ou incontinência urinária.
"A próstata
tem um hormônio dependente e é desenvolvida pela testosterona. Com a
retirada desse hormônio, a próstata atrofia, sendo esse um dos passos
básicos no tratamento da doença, mas que pode causar a perda do desejo
sexual", afirma o médico. No entanto, Osório Abath esclarece que,
depois dos 40 anos, é normal que haja uma elevação nos níveis desse
hormônio e, por consequência, um crescimento da próstata. Dependendo do
tamanho que atinja, isso pode causar problemas urinários, mas nem
sempre é sinal de que o homem está com câncer.
Assessoria
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