02 DE NOVEMBRO: DIA DE FINADOS
Dia de Finados: Origem provável no Povo Celta
A associação do dia de finados com tristeza pela lembrança daqueles que já
morreram e os cemitérios lotados com toda aquela vibração que vai desde aqueles
que fazem preces em silêncio até a histeria dos mais exaltados, tem uma origem
bem anterior a citada pelo catolicismo. Sua origem mais provável vem da cultura
do povo Celta, que habitava no início o centro da Europa, mas entre o II e
o I milênios a.C. (1900 - 600 a.C.) foram ocupando várias outras regiões,
até ocupar, no século III a.C., mais da metade do continente europeu.
Os celtas são conhecidos, segundo as zonas que ocuparam, por diferentes
denominações: celtíberos na Península Ibérica, gauleses na França,
bretões na Grã-Bretanha, gálatas no centro da Turquia, etc. e tem como característica
religiosa a concepção reencarnacionista.
Segundo diversas fontes sobre o assunto, o Catolicismo se utilizou da data,
que já era usada pelos Celtas desde muitos séculos atrás, para o dia da reverências
aos mortos.
Para os Celtas, dia 31 de outubro era o fim de um ciclo, de um ano produtivo,
quando se iniciava o período denominados por nós de outono e de inverno, tempo
este que nesta região a colheita tinha acabado de se encerrar e de ser estocada,
especialmente para os meses frios e escuros do inverno neste período nesta
região.
Na celebração do fim de um ano (31 de outubro no hemisfério norte e dia 30
de abril no hemisfério sul) e início do outro ano (1 de novembro), acreditava-se
que este seria o dia de maior proximidade entre os que estavam encarnados
e os desencarnados e nas festas, de muita alegria e comemoração por este fato
também, cada um levava algo como uma vela ou uma luminária que era feita em
gomos de bambu, a fim de se iluminar os dias de inverno que estariam por vir.
Alguns textos falam que nesses dias de festas, as luminárias eram feitas
com abóboras esvaziadas e esculpidas com o formato de cabeças, isto para indicar
o caminhos àqueles que eles acreditavam serem visitados por seus parentes
e receber o perdão daqueles a quem eles haviam feito sofrer, além de ter o
significado de sabedoria pela humildade para saber pedir perdão e como prova
de vida além da vida.
Este ciclo se encerra e um novo se inicia em outra data importante, dia
01 de maio no hemisfério norte, que era o dia do início dos trabalhos para
a nova plantação e colheita de um novo ciclo que iniciava.
Com o domínio desses povos pelo Império Romano, rico em armas e estratégias
de guerras e conquistas e pobre em intelectualidade, as culturas foram se
misturando e expandindo com todo o Império, que mais tarde viria a ser - e
o é até hoje - a sede do Império Católico ou da Religião Católica, hoje fixada
no Estado do Vaticano, na área urbana de Roma, Itália. do No México, o dia
dos mortos é uma celebração de origem indígena, que honra os defuntos no dia
2 de novembro. Começa no dia 1 de novembro e coincide com as tradições católicas
do dia dos fiéis defuntos.
É uma das festas mexicanas mais animadas, pois, segundo dizem, os mortos
vêm visitar seus parentes. Ela é festejada com comida, bolos, festa, música
e doces, os preferidos das crianças são as caveirinhas de açúcar.
Segundo prega a tradição da Igreja Católica, o Dia dos Fiéis Defuntos, Dia
dos Mortos ou Dia de Finados é celebrado no dia 2 de Novembro, logo a seguir
ao dia de Todos-os-Santos. Desde o século II, os cristãos rezavam pelos falecidos,
visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram.
No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos,
pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de
Cluny, santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos.
Desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX
(1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse
dia anual, que até então era comemorado no dia 1 de novembro, passa a ser
comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos.
A história real nos mostra que o Dia de Finados só passou a ser um dia de
dor e lamúria após o advento dos culposos dogmas católicos, ao contrário das
filosofias reencarnacionistas que, não temendo a morte e entendendo esta como
o fim de um período transitório em retorno a vida verdadeira (espiritual),
só tem a celebrar e enviar boas emanações aos entes queridos que se foram
do corpo carnal e continuam sua vida verdadeira, cada um na sua condição de
elevação espiritual.
Por isso, o Dia de Finados hoje em dia em nosso país ainda é um dia de vibrações
muito negativas, pois a maioria Cristã em nosso país e em boa parte do mundo
é católica e evangélica, mantendo - na sua grande maioria - pesares em suas
preces com evocações saudosistas e egoístas pelos que já "partiram",
querendo que de alguma forma retornem ou deem algum "sinal de vida",
não entendendo muitas vezes "porque foram abandonadas" e coisas
do tipo, que só fazem sofrer os espíritos que já desencarnaram, especialmente
àqueles que ainda se mantêm presos por laços pouco evoluídos aqui junto aos
encarnados, muitas vezes ainda até ligados ao corpo que já praticamente não
existe mais.
Assim, nós como espíritos, façamos preces e vamos manter uma boa vibração
por aqueles que desencarnaram e sofrem com a dor daqueles que os pedem de
volta, pelos desencarnados que não se perceberam dessa nova situação ainda
e pelos encarnados que também sentem a falta daqueles que já estão no plano
espiritual.
Fonte: amems.org
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