Presidente Dilma foi avisada de esquema na Petrobras, diz revista Veja
Segundo a publicação, aviso teria sido feito em 2009 quando Dilma era ministra do governo Lula
A edição da revista Veja que
chegou neste sábado (22) às bancas traz reportagem de capa que afirma
que a presidente Dilma Rousseff (PT) foi avisada sobre irregularidades
em contratos da Petrobras. De acordo com a publicação, o aviso teria
sido feito em 2009 – quando Dilma era ministra da Casa Civil do governo
Lula – por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal,
que foi preso pela Operação Lava Jato e cumpre prisão domiciliar.
“Foi com a atenção aguçada de quem cuida dos próprios interesses e dos
seus sócios que, em 29 de setembro de 2009, Paulo Roberto Costa decidiu
agir para impedir que secassem as principais fontes de dinheiro do
esquema que ele comandava na Petrobras. Costa sentou-se diante de seu
computador no 19º andar da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, abriu o
programa de e-mail e pôs-se a compor uma mensagem que começava assim:
‘Senhora ministra Dilma Vana Rousseff...’”, diz o texto.
De acordo com a Veja, as mensagens foram encontradas pela Polícia
Federal em computadores do Palácio do Planalto. A versão online da
reportagem não reproduz outros trechos do e-mail, mas afirma que a
intenção da mensagem era advertir o Planalto de que, “por ter encontrado
irregularidades pelo terceiro ano consecutivo”, o Tribunal de Contas da
União (TCU) havia recomendado ao Congresso Nacional a paralisação de
três obras da Petrobras: construção e modernização das refinarias Abreu e
Lima (PE) e Getúlio Vargas (PR) e do terminal do porto de Barra do
Riacho (ES).
“Assim, como quem não quer nada, mas querendo, Paulo Roberto Costa, na
mensagem à senhora ministra Dilma Vana Rousseff, lembra que no ano de
2007 houve solução política para contornar as decisões do TCU e da
Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional”, diz a reportagem.
A revista afirma ainda que o envio do e-mail caracteriza-se como
“atitude inusitada” e “ousadia” de Costa, já que não é comum que
diretores de estatais entrem em contato direto com a chefe da Casa
Civil. A reportagem diz, ainda, que Costa era conhecido como
“controlador e centralizador compulsivo”.
Terra
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