Ricardo não consegue virar o jogo e o PMDB vai saindo à francesa
Todo mundo esperava o governador Ricardo Coutinho (PSB) na frente na
primeira pesquisa divulgada, neste segundo turno. Os cassistas torciam
por uma diferença apertada, mas com Ricardo na frente; os ricardistas
tinham certeza que abririam no mínimo 10 pontos. E tudo isso graças a
crença de que costurar com a cúpula de um partido é garantia de
transferência automática de votos, mas nem sempre a base acompanha as
manobras feitas por cima.
Uma enquete do Correio Debate deu a primeira pista quando aferiu que 70%
dos ouvintes não aprovaram a união do PMDB com Ricardo. Como é que o
eleitor de Vital, que votou contra o governo, vai migrar para Ricardo?
Como é que o eleitor de Maranhão, que não engole Ricardo, vai apagar as
lembranças da memória e seguir seu líder cegamente?
E aí tá o resultado da incoerência na pesquisa do IPESP publicada hoje
no Jornal da Paraíba, onde Cássio dispara e abre uma vantagem de cinco
pontos na estimulada, 48% X 43%, e também cinco pontos na espontânea,
46% X 41%, Resumindo, confirmando-se essa tendência nas urnas, Ricardo
cai arrastando consigo para uma vala comum gente como Zé Maranhão, Vital
do Rego e Nabor.
Pergunto: é uma boa estratégia vestir a camisa de Ricardo na véspera
nesse finalzinho de festa? Talvez por isso Maranhão esteja viajando,
Hugo Mota também, Vital tá cuidando das CPIs e Roberto Paulino não
esteja tão empolgado assim e ficou desse jeito após testemunhar a cara
de preocupado do governador quando chegou para um comício em Guarabira,
conforme foto acima.
Dércio Alcântara
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