Vereadora que só teve o próprio voto assume vaga em Câmara Municipal
Parlamentar era a sétima da lista de suplentes
Veridiana Bassoto Pasini é
secretária de um consultório odontológico da pequena cidade de Coronel
Pilar, com 1,7 mil habitantes. Há dois anos, ela concorreu a uma vaga de
vereadora pelo PTB, mas viu seu sonho cair por terra, ao perceber que
só tinha recebido um voto. Nem seu marido apostou nela.
Quem foi eleito para a vaga foi Luciano Contini (PMDB), que recentemente
se afastou por motivos médicos. Com isso, assumiu a vaga Iraci Moresco
Zanatta, que também deixou o cargo. Mas nenhum dos outros suplentes pôde
assumir, e a vaga chegou para Veridiana, a sétima da lista.
“Só tive o meu voto, e como estávamos apoiando um outro candidato, meu
marido votou nele que é sobrinho nosso e tinha mais chances de ganhar”,
conta Veridiana, admitindo que nem fez muita campanha naquela eleição de
dois anos atrás, que foi sua primeira experiência concorrendo a um
cargo eletivo.
Ela diz que pensava “vagamente” em assumir o cargo, “mas como tinha
muita gente na minha frente.... e se acontece, imaginei que ninguém ia
saber, ainda mais por conta de onde moro”, disse, surpresa com a
repercussão que o caso teve.
“Todo mundo disse que essa exposição toda pode me ajudar em uma nova
eleição”, disse, já ciente de que o tempo de trabalho que lhe resta, até
o dia 30 de setembro, é pouco para fazer alguma coisa. “Pelo menos vou
ter essa experiência, de uma coisa diferente”, disse.
Veridiana afirma que vai manter o emprego de secretária, já que as
sessões da Câmara Municipal ocorrem durante e noite. “O resto das
atividades é na rua, então dá pra fazer no tempo livre”.
Terra
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