Ricardo Coutinho e as oligarquias; uma relação de amor e ódio
De vereador a deputado estadual,
Ricardo Coutinho construiu sua carreira se apresentando como o político
do povo, contra toda e qualquer oligarquia que habitava na Paraíba.
Entretanto, para chegar ao Poder, Ricardo Coutinho se aliou, na campanha
de 2004, a José Maranhão, à época o maior símbolo da velha política e
do neo-coronelismo.
Já em 2010, para ter chances de disputar o governo do Estado, Ricardo
Coutinho recorreu novamente às “famigeradas” oligarquias; as famílias
tradicionais que ele tanto critica agora, quando não as tem.
Com um pires não mão, RC esqueceu o discurso radical, já que no
momento não era conveniente, e foi pedir o apoio de Efraim Morais,
ex-PFL, partido símbolo do que já existiu de mais conservador na
política nordestina. Aos Cunha Lima, Ricardo Coutinho soube falar manso,
e todo jeitoso pediu o apoio de Cássio Cunha Lima e seu grupo.
Desde então, o governador conseguiu a proeza de se aliar a todas as
famílias tradicionais da Paraíba, inclusive os Ribeiros, quando convidou
Aguinaldo para ser seu secretário na prefeitura de João Pessoa. Também
se aliou à família Gadelha e trouxe o ex-governador Wilson Braga para
sua bancada de sustentação na Assembleia Legislativa.
Por fim, antes das convenções de 2014, Ricardo procurou (de novo)
todas as oligarquias para formar uma mega aliança, inclusive o
ex-governador José Maranhão. Também implorou para que o senador Cássio
não disputasse a eleição, oferecendo apoio em 2018. Os Vital do Rêgo
também foram procurados pelo governador, que levou um sonoro não.
Ricardo pode bater no peito e se orgulhar de ser o único político da
Paraíba que já se aliou a todos os grupos, partidos e principais
lideranças do Estado.
Porém, apostando na falta de memória da população, RC se apresenta como o caçador de oligarquias…
Blog do Kardec
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