MATA-MATA
Heron Cid |
Em desvantagem, a campanha do socialista deve buscar trunfos para frear a
onda em torno do tucano. Até aqui, os esforços têm se revelado e
inúteis e o quadro desfavorável perdura sem indícios de reviravolta. O
núcleo ricardista tem que buscar, a todo custo, uma fórmula para
garantir o segundo turno e tentar virar o jogo.
Na banda cassista, a ansiedade também é notada. Em posição de vantagem,
sabe-se que não se pode descuidar e nem subestimar um adversário com a
astúcia e um histórico de superação de um Ricardo Coutinho, quanto mais
em tempos em que o ex-militante social conta com a bonança de folgada
estrutura financeira.
Ricardo deve aprofundar os ataques a Cássio e criar fatos que balancem a
liderança do senador. O que não é fácil. O que se ver ultimamente é um
crescente movimento de adesões ao tucano, de um lado, e de baixas no
arraial governista, do outro. Um termômetro da campanha.
O bunker de Cássio, por sua vez, acelera adiante, mas sempre de olho bem
aberto e atento no retrovisor para acompanhar os passos e reações do
rival e evitar sobressaltos e surpresas desagradáveis. Afinal de contas,
a história está cheia de governadores que dormiram eleitos e acordaram
derrotados.
De agora em diante, essa é a pisada da campanha. Um grupo se armando
para tentar mudar a rota da expectativa de poder e o outro trabalhando
incansavelmente para se proteger e não permitir chance de reação. Uma
guerra onde a maior munição é a paciência para captar o momento certo de
liquidar a fatura ou de dar o pulo do gato.
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