quarta-feira, 3 de setembro de 2014

"Frisson, tensão e expectativa"

MATA-MATA


Heron Cid
Daqui pra frente, a campanha eleitoral para o governo da Paraíba tende a agravar o acirramento entre as duas principais coligações. A praticamente trinta dias da grande decisão dos paraibanos, o clima é de frisson, tensão e expectativa nos ambientes que abrigam os staffs do governador Ricardo Coutinho e do senador Cássio Cunha Lima.

Em desvantagem, a campanha do socialista deve buscar trunfos para frear a onda em torno do tucano. Até aqui, os esforços têm se revelado e inúteis e o quadro desfavorável perdura sem indícios de reviravolta. O núcleo ricardista tem que buscar, a todo custo, uma fórmula para garantir o segundo turno e tentar virar o jogo.

Na banda cassista, a ansiedade também é notada. Em posição de vantagem, sabe-se que não se pode descuidar e nem subestimar um adversário com a astúcia e um histórico de superação de um Ricardo Coutinho, quanto mais em tempos em que o ex-militante social conta com a bonança de folgada estrutura financeira.

Ricardo deve aprofundar os ataques a Cássio e criar fatos que balancem a liderança do senador. O que não é fácil. O que se ver ultimamente é um crescente movimento de adesões ao tucano, de um lado, e de baixas no arraial governista, do outro. Um termômetro da campanha.

O bunker de Cássio, por sua vez, acelera adiante, mas sempre de olho bem aberto e atento no retrovisor para acompanhar os passos e reações do rival e evitar sobressaltos e surpresas desagradáveis. Afinal de contas, a história está cheia de governadores que dormiram eleitos e acordaram derrotados.

De agora em diante, essa é a pisada da campanha. Um grupo se armando para tentar mudar a rota da expectativa de poder e o outro trabalhando incansavelmente para se proteger e não permitir chance de reação. Uma guerra onde a maior munição é a paciência para captar o momento certo de liquidar a fatura ou de dar o pulo do gato.

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