'Nunca fui para cama com um fã do meu pai', diz Vivi Seixas no Paparazzo
Filha de Raul Seixas diz que ser filha do roqueiro não é um fardo. 'Mas uma responsabilidade grande'.
Vivi Seixas, filha de Raul Seixas, posa para o Paparazzo. Ensaio vai ao ar neste sábado, 12 (Foto: Alexandre Campbell / Paparazzo) |
O hedonismo dos festivais de rock ao ar livre, a celebração da vida
alternativa e do amor livre são algumas características dos anos 1970. E
um dos principais nomes desta época, no Brasil, foi Raul Seixas
(1945-1989). Líder do movimento “Sociedade Alternativa”, uma utopia
idealizada por ele e jamais realizada, que tinha como objetivo seguir os
preceitos de Aleister Crowley e da sua Lei de Thelema: "Faze o que tu
queres há de ser tudo da Lei."
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Com tanta liberdade de expressão, é de se esperar que o cantor seguisse os mesmos conceitos “livres” para educar sua filha, Vivi Seixas.
No entanto, a DJ surpreendeu ao dizer que Raul não era tão liberal
quanto se imagina. “Apesar dele ser roqueiro, era baiano e muito
careta”, contou ela, nos bastidores do Paparazzo em homenagem ao Dia do Rock, que é celebrado no próximo domingo, 13.
Ao posar sensual
para o ensaio, com inspiração no folk, Vivi se surpreendeu ao ser
perguntada como seu pai reagiria ao ver as fotos dela. “Nossa, que
pergunta viagem. É difícil imaginar, né? Acho que ele ia me dar
a maior força. Ia dar umas ideias”, disse ela.“Minha mãe que não ficou
muito feliz, não. Eu disse que sensual não é o mesmo que sexual. Tive de
convencê-la (risos)”.
"Querem que eu seja tão genial quanto meu pai. Isso
é impossível", diz Vivi Seixas
(Foto: Alexandre Campbell / Paparazzo)
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A mãe de Vivi, a empresária Kika Seixas, também fazia jogo duro durante
a educação da filha. “Ela não me deixava ficar sozinha em casa com
meninos. Quando namorado dormia lá, tinha de ir para o escritório. Teve
um dia que fingimos que caímos no sono e não adiantou. Ela me acordou e
me mandou ir para o quarto. Com meu primeiro namorado, quando tinha 15
anos, ela fez questão de conhecer os pais dele e ainda só deixava eu
voltar, no máximo, até 21h30. Mas não adiantou muita coisa...Eu mentia
para ela e fazia muita coisa errada”, lembrou Vivi, que perdeu o pai aos
oito anos de idade - atualmente, ela está com 33.
'Não é um fardo'
Ao contrário de muitos herdeiros, Vivi Seixas conta que não se incomoda
em falar do pai e ser sempre associada ao nome dele. “Não me importo
com isso e tenho o maior orgulho de ser a filha de Raul Seixas. É claro
que quando comecei a tocar como DJ fiz questão de ser boa. O nome abre
portas, mas tem de correr atrás”.
Com uma legião de fãs calorosos – quem nunca escutou a frase “Toca
Raul” em um show? -, Vivi diz que ser filha do músico pode ser também
complicado. “Não é um fardo, mas é uma responsabilidade muito grande.
Algumas pessoas vão em uma apresentação minha e esperam que eu seja tão
genial quanto o meu pai foi. E, na boa, isso é impossível. Acho que
herdei o bom gosto musical, mas a genialidade dele é só dele”.
No meio de um ensaio sensual, não dá para deixar de perguntar se a DJ
por acaso já se envolveu com algum fã de seu pai. “Nunca fui para cama
com um fã do meu pai. Pelo menos, não que eu saiba”. No entanto, ela
acredita que o título pode dar uma intimidada nos homens. “Quando estou
tocando, parece que tem uns caras que ficam com medo de chegar perto de
mim. Acho que por ser filha do Raul seixas, podem ficar intimidados.
Além disso, sou tatuada, tenho cabeça raspada... Dependendo do cara, se
assusta”.
A DJ Vivi Seixas, filha de Raul Seixas, posa para o Paparazzo. Ensaio vai ao ar neste sábado, 12 (Foto: Marcos Serra Lima / Paparazzo) |
Se as músicas do pai não combinam com momentos íntimos, Vivi conta que
outra característica de Raul é um fetiche para ela: a barba. “Freud
explica, né? Lembro que ele me colocava no colo e a mão na
barba dele e ficava pedindo carinho. Ele falava que era para eu lembrar
dele”, disse ela, que está namorando há quatro meses o baixista Fabinho
Ferreira. “Terminei um casamento de oito anos há pouco tempo e prometi
que não ia me envolver tão rapidamente. Mas não resisti a ele”.
'Se estou com tesão, vou atrás'
A atitude e a liberdade, difundidas pelas músicas de Raul, são outros
atributos que a DJ tem de sobra. Aos 33 anos, 13 tatuagens e corte de
cabelo sidecut, ela diz que alguns homens podem ficar
intimidados com ela. Por isso, conta que quando está a fim de alguém,
não esconde. “Se estou com vontade, não faço charminho. Se estou com
tesão, vou atrás. Sou cara de pau! Não tenho medo de falar que quero nem
de ouvir um não”.
Uma das 13 tatuagens da DJ Vivi Seixas: o rosto do pai, Raul Seixas, desenhado no braço esquerdo (Foto: Alexandre Campbell / Paparazzo)
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Vivi conta que o único momento que a deixa inibida entre quatro paredes
é após a relação sexual. “Sou disponível. O que ele quiser fazer, eu
tento fazer. Acho que relacionamento é isso. Um tentando realizar as
fantasias amorosas e sexuais do outro. Mas confesso que às vezes fico um
pouco tímida após o sexo”, comentou ela, que gosta de transar de luz
acesa. “Gosto de ver o rosto, o corpo da pessoa. Essa coisa de luz
apagada não é para mim, não”.
A DJ também gosta de criar todo um clima para a relação. “Gosto de comprar uma lingerie
bonita, colocar velas pela casa, escolher uma música maneira e fazer um
striptease”, contou. Ela ainda revelou que já transou em alguns lugares
inusitados. “Já fiz no banheiro de um avião, na praia... Mas prefiro
mesmo é o conforto da cama”.
Experiência com mulheres
A DJ lembra que nunca conversou com a mãe sobre sexo,
mas que ela sempre dizia que Vivi tinha de experimentar as coisas para
saber se gostava. Por isso, aos 15 anos, quando estava com seu primeiro
namorado, ela se sentiu preparada para perder sua virgindade. “A
primeira vez foi tranquila, mas não foi muito gostoso, não. Acho que
nunca é, para ninguém (risos). Mas foi legal e até fui parar debaixo da
cama. Eu estava escondida, matando aula, e a mãe dele chegou em casa.
Foi engraçado”.
A curiosidade também a levou a experimentar o sexo com mulheres. “Nunca
me relacionei com mulheres, mas já dei uma brincadinha. Acho que toda
menina tem curiosidade. Mas não é minha praia. Acho mais divertido
quando tem um menino no meio. Não é que eu seja bissexual, mas já
brinquei. Foi legal! Mas gosto mesmo de uma barba”.
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