Partido formaliza na noite desta
quarta-feira 20 chapa presidencial com Marina Silva, em substituição a
Eduardo Campos, e socialista Beto Albuquerque como vice; ex-ministra
indica, logo na primeira hora, deputado Walter Feldman como coordenador,
avisa que não subirá em todos os palanques articulados pelo
ex-governador e impõe seu estilo sobre presidente Roberto Amaral;
"Perdemos a eleição hoje, disse um auxiliar dos socialistas, subindo as
escadas da sede nacional do PSB", relata o diretor do 247 em Brasília,
Paulo Moreira Leite; "A candidata não é do PSB, não pensa como o PSB,
não tem muitos amigos no PSB nem irá governar, em caso de vitória, com o
PSB", enumera ele; "Marina é Rede"
247 - O PSB formalizou nesta
quarta-feira a chapa presidencial com a ex-senadora Marina Silva como
candidata à Presidência da República e o deputado federal Beto
Albuquerque (PSB-RS) como vice.
No entanto, mesmo que vença a disputa, o PSB não
chegará à presidência, segundo avalia Paulo Moreira Leite, diretor do
247 em Brasília. Marina foi, é e continuará sendo rede.
Leia, abaixo, um trecho:
Momentos antes da candidatura de Marina Silva ser
oficializada, em evento marcado para esta quarta-feira, o Partido
Socialista Brasileiro enfrentava um ambiente menos festivo do que se
poderia imaginar. Para além de toda dor provocada pela morte de Eduardo
Campos, um líder que soube se impor pela força de mando mas também pela
capacidade de oferecer respostas políticas que agradaram a maioria do
partido, ficou uma questão grande demais para ser ignorada, mas grave
demais para ser discutida abertamente. A candidata não é do PSB, não
pensa como o PSB, não tem amigos no PSB nem irá governar, em caso de
vitória, com o PSB. Marina é Rede.
Perdemos a eleição hoje, disse um auxiliar dos
socialistas, subindo as escadas da sede nacional do PSB, em Brasília —
que fica numa sobreloja da Asa Norte, num conjunto de salas que, pelo
caráter austero, lembra uma escola de computação. "O que é combinado não
é caro," afirmou o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, ao
chegar, depois de participar, no Lago Sul, de uma reunião de dirigentes
do partido com a própria Marina. Nem todos os detalhes do acordo entre
Marina e o PSB são conhecidos e é provável que muitos deles jamais se
tornem públicos. O certo é que, ao longo do dia, os dirigentes do PSB se
encarregaram de amassar, embrulhar e colocar na lata do lixo uma ideia
exótica que havia circulado na véspera — a de obrigar a candidata a
assinar uma carta com compromissos com o partido sob condição de
garantir sua candidatura.
Marina Silva não se tornou candidata presidencial porque o PSB queria mas porque não possuía outra opção.
A rendição a nova candidatura se fez em nome da
mais preciosa e fugaz mercadoria da vida política. Não é o poder, como
muitos pensam. Mas a perspectiva de poder, como já entenderam os
profissionais do ramo.
Leia a íntegra no blog de Paulo Moreira Leite
Brasil 247
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