sábado, 23 de agosto de 2014

Extinção

Elefantes podem ser extintos em 100 anos na África

Em três anos, caçadores mataram 100 mil animais em todo o continente


Elefantes africanos caminham em parque nacional no sul do Quênia (Foto: Ben Curtis/AP)

O maior mamífero terrestre do planeta está mais ameaçado do que imaginávamos. Um novo estudo publicado nesta semana na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences calculou o número de mortes causadas por caçadores ilegais na África. O resultado é assustador: em três anos, caçadores mataram 100 mil elefantes em todo o continente.

O estudo foi conduzido pelo pesquisador George Wittemyer, da Universidade do Colorado, que trabalha com conservação de elefantes no Quênia. Ele apresenta a mais confiável estimativa do número de mortes de elefantes africanos causadas pelo comércio ilegal de marfim.

A caça de elefantes é ilegal ou controlada na maioria dos países africanos. O problema é que existe um lucrativo mercado negro de marfim que estimula a caça ilegal dos animais. Com o comércio de marfim aquecido na Ásia, principalmente na China, onde o quilo pode valer milhares de dólares, caçadores não se intimidam no ataque aos elefantes. O resultado é o declínio da população na última década.

Segundo o estudo, os elefantes africanos estão em um ponto crítico. Se a caça continuar nesse ritmo, a espécie não sobreviverá. A caça ilegal está matando 7% da população de elefantes em toda a África por ano. Acontece que a espécie só consegue aumentar a população a uma taxa de 5% ao ano. Ou seja, mais animais estão sendo mortos do que nascendo. Se isso continuar, em cem anos os elefantes africanos estarão extintos.

Época 

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