Aécio cumpre o ritual nordestino-gastronômico
Uma das graças
das campanhas eleitorais é acompanhar as aventuras gastronômicas e as
adaptações no figurino dos candidatos. As melhores cenas virão depois da
Copa. Mas Aécio Neves ofereceu na noite de sexta-feira (27) uma ideia do que
está por vir. Ele foi a duas das mais tradicionais festas de São João
do Nordeste, nas cidades de Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru, em
Pernambuco.
Ciceroneado por
correligionários locais, o presidenciável tucano entregou-se a um ritual
que já se tornou clássico. Mantendo a tradição inaugurada no PSDB por
Fernando Henrique Cardoso, Aécio enfiou no cocuruto um chapéu de couro
típico dos vaqueiros sertanejos. E, ao lado do senador Cássio Cunha
Lima, seu candidato ao governo da Paraíba, deglutiu briosamente uma
especialidade da culinária nordestina: a carne de sol.
Aécio
não chegou a igualar FHC. Mas, até outubro, terá quatro meses para
continuar tentando. Na sua primeira cruzada presidencial, no ano de
1994, sob patrulhamento dos aliados do pefelê (atual DEM), FHC
protagonizou o célebre episódio da buchada de bode. Foi submetido à
iguaria no distrito de Pau Ferro, município pernambucano de Petrolina.
Digeriu-a com destemor.
Depois,
questionado por repórteres sobre os novos hábitos, FHC reagiu como se as
tripas de bode o acompanhassem desde a mamadeira: “Eu gosto muito de
buchada. É uma delícia.” Tentou construir um elo entre o mundo do PFL e o
seu. Disse que, em Paris, a buchada é um prato chique. Referia-se,
conforme esclareceria mais tarde, a uma receita chamada ‘tripe à la mode
de Caen’, igualmente feita à base de tripas.
Escrito por Magno Martins
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