sexta-feira, 4 de julho de 2014

A língua afiada de Gilvan!



Gilvan Freire é de São Mamede(PB, estudou em Patos(PB), onde foi líder estudantil e vereador. Já foi Deputado Estadual duas vezes e presidente da Assembleia. Foi Deputado Federal candidato a Governador da Paraíba em 1998. Atualmente tem banca de advocacia. Atua também na mídia.




Postado por Gilvan Freire em 03/07/14 as 17:30


PMDB: A RESSURREIÇÃO É LENTA. E PODE NÃO DÁ CERTO

Se alguém disser que viu o PMDB morrer, acredite. Muita gente velou o defunto na madrugada friorenta do dia 28 para 29 de junho, quando as maiores lideranças do partido queimavam velas e davam os últimos arranjos na mortalha. Do lado de fora do recinto, pessoas ligadas ao governo rondavam o ambiente soltando fogos, após terem prometido um carregamento de mirras, incensos usados desde os tempos mais antigos para aromatizar os mortos. No entanto, enquanto os circunstantes não sabiam o que fazer do defunto tão ilustre, que precisava de velório digno para que a população o visse pela última vez, surgiu um surto de medo entre todos, porque alguns eram suspeitos de terem cometido o assassinato, claro que estava de que o crime era de encomenda, ou seja: alguém encomendou a morte do PMDB e prometeu muito dinheiro por ela.
O problema era que a morte estava contratada por dois inimigos temerosos de sua valentia, que o queriam sob captura, vivo ou morto, mesmo que entregue só aos pedaços, um pagando em dinheiro vivo, e o outro mediante promessa de pagamento a prazo. Foi essa encruzilhada que trouxe enorme barulho e grande inquietação entre os que disputavam o espólio da vítima, de tal sorte que o defunto assustou-se e recobrou a vida, não antes de seus herdeiros apontarem uns para os outros com gritos de assassinos, assassinos...!!!
DE FATO, NAQUELAS HORAS GÉLIDAS, o PMDB escapava de uma emboscada trágica, perpetrada pelos seus próprios legatários, e só restabeleceu os sentidos quando eles viram que também estavam morrendo e desaparecendo em companhia dele. A tragédia era bem maior do que todos ali imaginavam. Foi ai que a união forçada fez a força forçada e o defunto ganhou uma sobrevida.
Mais uma noite, porém, na madrugada de 29 para 30, a emboscada rearmou-se com os mesmos protagonistas, tanto os matadores quanto os encomendantes, ao passo em que os mesmos entregadores de mirras circulavam nas imediações. Foram dois episódios degradantes.
ENFIM, CONVALESCENTE DESSES DOIS ATAQUES PERVERSOS, O PMDB RESSURGIU DAS CINZAS e tem chapa partidária definida, mas está ainda fraco e cambaleante, sujeito ao ataque fatal das feras – as internas e as externas. Até as últimas horas dos próximos dois dias, a Paraíba vai saber com certeza se o PMDB morreu mesmo ou sobreviveu, e somente a partir daí vai se saber se seus herdeiros o amam ou querem apenas – e cedo – botar a mão em seu robusto patrimônio, mesmo aos pedaços, colocado a venda em feira livre.
Há tensão, estupefação, decepção, amargura e até choro de militantes, mas em pouquíssimo tempo se saberá o que sobra do PMDB e de sua família, se não se acabarem todos de uma só vez. Quem imaginava isso?

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