Facebook defende veiculação de vídeos com decapitação
Em
depoimento ao Comitê para Cultura, Mídia e Esporte da Câmara Baixa
britânica, Milner disse a parlamentares que imagens desse tipo podem
servir para expor "abusos contra direitos humanos".
O Facebook foi
criticado recentemente por permitir a exibição de vídeos de
decapitações, em meio a preocupações quanto aos danos psicológicos que
podem causar.
Em maio, o Facebook introduziu uma proibição
temporária para vídeos de decapitação, mas anunciou no mês passado que
acreditava que os usuários deveriam ser livres para assistir a este tipo
de conteúdo.
"Somos gratos por viver em um país onde decapitações não são comuns", afirmou Wilner, a respeito da Grã-Bretanha.
Ele
argumentou que, em algumas partes do mundo, decapitações são "parte
normal da vida" e que ativistas de direitos humanos podem querer "usar a
nossa plataforma para destacar o que está acontecendo".
Tais
pessoas estariam "condenando, e não glorificando" essas ações, e haveria
"um espaço para as pessoas compartilharem esse tipo de conteúdo no
contexto certo", acrescentou.
Compartilhamento responsável
A
BBC foi alertada sobre a mudança na política do Facebook no mês passado
por um leitor, que disse que a empresa estava se recusando a remover
uma página que mostrava um vídeo de um homem mascarado decapitando uma
mulher, aparentemente gravado no México.
O vídeo foi publicado sob o título Desafio: Qualquer pessoa pode assistir a este vídeo?
Milner argumentou aos parlamentares: "Nós não postamos coisas no Facebook. São nossos usuários que postam no Facebook".
O
diretor prometeu que a rede social aumentará as advertências sobre o
conteúdo chocante das imagens e está "aprimorando mecanismos para que os
usuários compartilhem os vídeos de forma responsável".
"Quem for
ao Facebook e procurar por vídeos de decapitações, não os encontrará. Em
outras partes da internet é muito mais fácil achar este tipo de
imagem", acrescentou.
O Facebook permite que adolescentes com 13 anos ou mais possam se tornar membros da rede social.
O
link de termos e condições informa que fotos ou vídeos que "glorifiquem
a violência", além de outros materiais proibidos, serão removidos.
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