Omissão de Socorro

CRIANÇA DE 12 ANOS TEM DEDOS DO PÉ ESQUERDO AMPUTADOS PORQUE NÃO HAVIA MOTORISTAS NO HOSPITAL PARA SOCORRÊ-LA, APESAR DE HAVER CARRO PARA TAL 

Vendo o ar de inocência e de felicidade da minha linda netinha, Lunna, na foto da postagem que fiz logo abaixo, fico a imaginar o sofrimento do casal Zé Eufrásio e Nilda com o episódio da imputação de dois dedos do pé esquerdo do seu neto Fernando Henrique Eufrásio, após acidente de moto ocorrido na última quinta-feira (07).

Não resta nenhuma dúvida que todos os avós dedicam especial carinho e um aconchego inigualável aos seus netos e, certamente, com relação ao citado casal não poderia ser diferente, principalmente com Fernando Henrique, recém chegado de Sorocaba - SP, cidade onde ele nasceu e residia há doze anos, tendo vindo morar em Juru juntamente com os seus pais há pouco tempo.

Pois, bem! Toda a família do menino Fernando Henrique está inconformada com a falta de socorro imediato que motivou a imputação de dois dedos do seu pé, mesmo que o médico plantonista tenha cumprido a sua parte atendendo-o no exato momento em que chegou ao hospital local e tendo feito o devido encaminhamento para o Hospital Regional de Patos. 

Porém, não bastava apenas o atendimento imediato do médico, precisava, sim, de uma ambulância ou de outro carro qualquer para socorrer a criança, pois a mesma corria sérios riscos de perder os dedos atingidos no acidente por conta dos nervos comprometidos se não fosse imediatamente socorrida. E isso o Dr. Messias advertiu quando a atendeu.

Embora não tivesse alguma ambulância disponível no momento para tal fim, havia outro carro destinado para atendimento da área da saúde. Aliás, o mesmo carro guiado pelo motorista que foi pegar Fernando Henrique no Sítio Jorge, onde o mesmo foi acidentado.

Só não dá para entender porque quando o médico falou da necessidade de socorrer o menino imediatamente para Patos - segundo afirmações da inconformada avó e do atordoado pai, que acompanharam todo o sofrimento da criança -, "o referido motorista que a socorreu no primeiro instante engatou uma marcha a ré e 'saiu de mansinho' com o citado veículo da frente do hospital para lugar incerto e não sabido".

Desesperado, Leonildo Eufrásio vendo o sofrimento do filho, não conseguia conter os impulsos de sentimento de revolta de um pai. Enquanto isso, os responsáveis pela autorização de viagens - que não são poucos, diga-se de passagem -, alegavam que havia carro mais faltavam motoristas. 
Segundo informações, foram duas horas ou mais de espera e sofrimento do menino - e também dos seus familiares que, indefesos, assistiam a inexplicável omissão de socorro. 

Por sorte, um anjo guiou, enfim, Da Guia Eufrásio e esta autorizou Rodolfo de Divani a fazer a viagem a Patos, responsabilizando-se a mesma por qualquer reclamação que por (des)ventura houvesse depois, já que o mesmo dizia não ter permissão para dirigir carros do setor da saúde.

TARDE DEMAIS: Apesar da boa vontade e do esforço de Rodolfo para chegar o mais rápido possível em Patos, o menino Fernando Henrique teve dois dedos do pé esquerdo amputados porque não foi socorrido no tempo certo - atestou o médico que o atendeu no Hospital Regional de Patos, tendo o mesmo, inclusive, orientado os familiares da criança que estes poderiam representar judicialmente os responsáveis pela omissão de socorro, se assim quisessem.