Diz o Código de Transito que o sinal na cor
amarela representa a atenção, pois assim podemos enquadrar o atual
momento do governador Ricardo Coutinho (PSB) que neste final de semana
sofreu dois duros golpes nas pretensões de tentar ampliar a sua base
partidária: as derrotas nas eleições do Partido dos Trabalhadores (PT)| e
do PPS (Partido Pós Socialista) que elegeram seus diretórios e já anunciaram que não querem diálogo com o projeto socialista nas eleições 2014.
No
PT, o aliado do governador Ricardo Coutinho, o deputado federal Luis
Couto (PT) sofreu uma derrota vexatória para a ala do prefeito Luciano
Cartaxo (PT), que emplacou Charlington Marchado como novo presidente da
sigla em substituição a Rodrigo Soares.
Com valiosos, 03 minutos 03 segundos e 26 centésimos no Guia
Eleitoral do Rádio e na TV, Charlington assegurou o PT estará nas
fileiras da oposição ao projeto do governador Ricardo Coutinho (PSB) e
revelou projetos ambiciosos para a legenda da presidente Dilma.
“Obviamente o PT oferta nomes com potencial.
O PT vai sim disputar o governo do Estado e o Senado, temo nomes, mas
vamos construir isto com diálogo, com os partido aliados. Nosso
posicionamento é claro de oposição ao atual governador [Ricardo Coutinho
(PSB)] e ao PSDB”, declarou o novo presidente do Partido dos
Trabalhadores.
Derrota mais sentida teve Ricardo ao ver o seu desafeto e
ex-auxiliar, o vice-prefeito de João Pessoa, Nonato Bandeira, influente
articulador político e que foi eleito no início da tarde da última
sexta-feira, após longo embate contra a ala da deputada Gilma Germano
que é aliada ao esquema socialista na Paraíba. A vitória de Bandeira
veio logo após o único adversário, Douglas Lucena, prefeito de
Bananeiras, abandonar a eleição e também anunciar saída da legenda. Nonato não perdeu a oportunidade de alfinetar o seu algoz:
“É a legalidade que nos trouxe até aqui, porque se não o
nosso partido já teria sido assaltado muitas vezes por quem comanda de
forma ditatorial este Estado”, disparou, acrescentando que: “O PPS era
carregado debaixo do braço”.
Bandeira também foi questionado se os partidários que apoiam o
governo de Ricardo Coutinho (PSB) seriam punidos pelo PPS e enalteceu o
caráter
democrático
na legenda liderada pelo pernambucano Roberto Freire, negando uma
perseguição aos dissidentes “Caça as bruxas é uma coisa muito feia.
Vamos decidir mais na frente como vamos lidar com isso”,
frisou, acrescentando que o PPS é composto por uma pluralidade de
opiniões. “Além do grupo da deputada Gilma Germano, que apoia o governo,
tem quem prefere Veneziano Vital do Rego (PMDB), alguns apostam em uma
candidatura de Cássio Cunha Lima (PSDB), tem outros que querem apoiar o
Blocão que tem o PT, o PP e o PSC e tem até aqueles que querem um
candidato próprio”, enumerou.
Com esses dois golpes partidários Ricardo Coutinho precisa, a
partir da reforma administrativa projetada para o próximo mês valorizar
ainda mais a sua base aliada, a final de contas Albert Einstein
propagou um pensamento que deve ser muito bem refletido pelos
socialistas, pois: “O primeiro dever da inteligência é desconfiar dela
mesma!”.
Henrique Lima/PB Agora
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