José Dirceu impõe disciplina a companheiros de cárcere
Na manhã desta quinta-feira, 21, antes da saída do deputado e
ex-presidente do PT José Genoino - que passou mal e foi hospitalizado -,
Dirceu deu voz de comando a Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido.
Maníaco por limpeza, ele pegou um balde de água, sabão e vassoura e
puxou Delúbio para ajudá-lo na faxina na cela "S 13", número do PT.
"A gente chega lá e sai triste com a situação, mas também motivado,
porque meu pai não se entrega. É um guerreiro", afirmou o deputado Zeca
Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro.Quem vai visitar Dirceu e seus companheiros tem a impressão de que está
num quartel. A sala de visitas é modesta, com mesa e cadeiras, e todos
vestem roupas brancas. No Centro Penitenciário da Papuda, a cela que
abriga os condenados do PT foi a cantina do presídio, hoje reformada.
Até esta quinta-feira, era Dirceu - hipocondríaco de carteirinha - quem
cuidava do horário dos remédios de Genoino, conferia se ele se
alimentava direito e procurava animá-lo. "A Dilma defendeu você", disse
ao deputado, na noite de quarta-feira, numa referência à entrevista na
qual a presidente Dilma Rousseff afirmou estar preocupada com a saúde do
amigo petista.
No manual de autoajuda de Dirceu, o importante é manter "a mente
quieta, a espinha eeta e o coração tranquilo". Para se distrair no
cárcere, o ex-chefe da Casa Civil do governo Lula lê O Capital e suas
Metamorfoses, do economista Luiz Gonzaga Belluzzo. "O ensaio é uma
tentativa de resgatar Karl Marx como pensador da prisão a que ele foi
submetido ao longo do século 20", definiu o autor. Depois de ler, Dirceu
gosta de saber a opinião dos colegas de cela - como Jacinto Lamas,
ex-tesoureiro do PL (hoje PR) e Romeu Queiroz, ex-deputado do PTB -
sobre as eleições de 2014 e os rumos da política.
"A gente chega lá e sai triste com a situação, mas também motivado, porque meu pai não se entrega. É um guerreiro", afirmou o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro.Quem vai visitar Dirceu e seus companheiros tem a impressão de que está num quartel. A sala de visitas é modesta, com mesa e cadeiras, e todos vestem roupas brancas. No Centro Penitenciário da Papuda, a cela que abriga os condenados do PT foi a cantina do presídio, hoje reformada.
Até esta quinta-feira, era Dirceu - hipocondríaco de carteirinha - quem cuidava do horário dos remédios de Genoino, conferia se ele se alimentava direito e procurava animá-lo. "A Dilma defendeu você", disse ao deputado, na noite de quarta-feira, numa referência à entrevista na qual a presidente Dilma Rousseff afirmou estar preocupada com a saúde do amigo petista.
No manual de autoajuda de Dirceu, o importante é manter "a mente quieta, a espinha eeta e o coração tranquilo". Para se distrair no cárcere, o ex-chefe da Casa Civil do governo Lula lê O Capital e suas Metamorfoses, do economista Luiz Gonzaga Belluzzo. "O ensaio é uma tentativa de resgatar Karl Marx como pensador da prisão a que ele foi submetido ao longo do século 20", definiu o autor. Depois de ler, Dirceu gosta de saber a opinião dos colegas de cela - como Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL (hoje PR) e Romeu Queiroz, ex-deputado do PTB - sobre as eleições de 2014 e os rumos da política.
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