quarta-feira, 9 de outubro de 2013

TelexFREE pode perder hotel em que já investiu R$ 16 milhões


Exame
Em tempos de grandes eventos, a oportunidade de ser dono de um hotel no Rio é tentadora para qualquer pessoa. Essa oferta foi feita pela TelexFREE aos seus divulgadores. Mas, ao que tudo indica, o bloqueio de bens vai impedir a empresa de cumprir o combinado.
Em outubro de 2012, a TelexFREE assinou um contrato com a incorporadora Tijuca Design Hotel para compra de todos os quartos de um hotel a ser criado pela empresa. Localizado na zona norte do Rio, o Best Western TelexFREE Tijuca está sendo construído num terreno no nº 95 da rua Ibituruna – a 15 minutos a pé do Maracanã.
A incorporadora quer ter o empreendimendo pronto até 2015 para atender os turistas que virão para as Olimpíadas. Se tudo corresse conforme o previsto, a empresa que operasse o hotel pagaria à TelexFREE pelo uso das instalações. Mas parece que isso não vai acontecer.
Problemas
Ao que tudo indica, o plano da TelexFREE era usar sua rede de divulgadores para financiar a obra – que se tornaria parte do patrimônio da empresa. Em vídeos disponíveis no Youtube, incentivadores do projeto em busca de novos investidores chegam a dizer frases como "Se você quiser mudar sua vida de verdade, venha conosco".
Entretanto, a TelexFREE teve seus bens bloqueados em junho e ficou impedida de pagar as parcelas do hotel. Após quatro meses sem receber o dinheiro, a Tijuca Design Hotel deciciu interromper os trabalhos e buscar uma solução jurídica para o caso. A TelexFREE tem hoje uma dívida de mais de 16 milhões de reais à incorporadora carioca.
30 dias
Representantes afirmam que a intenção da incorporadora é solucionar o problema dentro de 30 dias. As duas principais saídas para o impasse seriam o pagamento por parte da TelexFREE ou a devolução das unidades que estavam sendo pagas pela empresa. No último caso, a TelexFREE receberia parte do dinheiro já investido na obra.
No fim de setembro, a TelexFREE pediu sua recuperação judicial. A medida pode permitir à empresa voltar às atividades – interrompidas desde junho. O Ministério Público do Acre acusa a empresa de marketing multinível de formação de pirâmide financeira.
A firma comercializava pacotes de sistema de comunicação VoiP e prometia alta taxa de retorno para divulgadores que recrutassem novos colaboradores para a companhia.

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