quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sexo

E… entrei no Tantra



por Ana

Crédito: suckmypixxxel.tumblr.com

A primeira vez que ouvi falar sobre o Tantra foi por uma amiga da faculdade. Lembro vagamente de alguns conceitos e de como ela assegurava que conseguia sentir prazer roçando seu braço com o do namorado. Em plena descoberta da minha sexualidade, aquilo me parecia besteira pura.

Uma década depois, paguei R$ 400 (este é o preço médio praticado para cerca de 2 horas) para tentar descobrir o que o Tantra é. Foi há duas semanas, meses depois de a ideia me rondar. De um lado, tinha curiosidade óbvia, dados os comentários de que é possível ter 15 orgasmos seguidos (ok, na internet, lê-se de tudo). Do outro, como pressupõe o Tantra, buscava resolver alguns dos meus bloqueios na hora de atingir um orgasmo. Queria uma experiência nova, conhecer meu corpo sem precisar interagir nem satisfazer alguém em troca. Buscava um terapeuta do sexo.

Explicar o Tantra não e tarefa fácil. Ao longo dos anos, esta filosofia hindu, que considera o corpo um meio de autoconhecimento, absorveu muitos ensinamentos que dissolveram uma definição única. Em alguns casos, se vulgarizou em simples sessões de sexo, e em outros, se misturou com outras disciplinas como o taoismo ou o ioga.

Na essência, o que eu conheci e relato aqui para vocês, é o Tantra como uma terapia que vale-se dos estímulos táteis para potencializar a energia natural do nosso corpo. Essa bioenergia é a via para experimentar novas sensações de prazer que, além de orgasmos, abrem um caminho no nosso modo de perceber.

No Tantra, fala-se de conceitos difíceis como “alcançar o estado transcendental da união dos princípios masculino e feminino em sua propagação ao infinito”, mas também que trata-se de uma filosofia vivencial, não contida nos livros, e única para cada pessoa.

O primeiro passo é o desafio de escolher um lugar e/ou terapeuta adequado. Eu conhecia um centro de Tantra em São Paulo que oferecia vários tipos de massagens, para iniciados e avançados. O método se divide em quatro níveis, específicos para homens e para mulheres.

Eu optei por um que mistura duas coisas. Comecei pela massagem básica, chamada Sensitive, misturada com a Yoni Massagem, focada no órgão genital. Para escolher a que se encaixa para você, o melhor caminho é conversar com a pessoa que te atenderá (geralmente uma mulher no caso dos homens e um homem no caso das mulheres, por isso da polaridade).

O centro que escolhi chama-se Metamorfose, com terapeutas espalhados pelo país todo (http://www.centrometamorfose.com.br/). As terapias são baseadas no método Deva Nishok, que entende o Tantra como um caminho para curar disfunções, mudar padrões sexuais e superar limitações e dificuldades na sexualidade. Recusa especificamente que alguém interprete tudo isso como um método masturbatório (e, convenhamos, isso já fazemos em casa).

Ufa. Parece pesado demais, mas simplificar seria injusto. E lá fui eu.

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