Conjuntura aponta que paraibano tem a reeleição mais ‘difícil’ de todos os ‘colegas’ do NE
ENCRUZILHADA: conjuntura aponta que paraibano tem a reeleição mais ‘difícil’ de todos os ‘colegas’ do NE
O Portal PB Agora, sempre atento aos
bastidores da política, traz uma análise da corrida sucessória ao Senado
Federal e aponta que a situação do senador paraibano Cícero Lucena
(PSDB) é a mais difícil, quando falamos em reeleição.
Entre todos os nove representantes nordestinos que visam pisar novamente
em 2015 no tapete ‘azul’, cumprindo um delicioso mandato de oito anos, o
paraibano é o que mais encontra dificuldades para a ascensão.
Uma análise do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
(Diap) estima que o índice de renovação do Senado, nas eleições de 2014,
será de aproximadamente 20%. Um percentual elevado quando se considera
que, no próximo pleito, a renovação de apenas um terço do Senado estará
em jogo.
Isto é, só um senador por estado será eleito.
Vejamos a situação em cada estado nordestino:
BAHIA: O senador João Durval Carneiro (PDT) ainda mantém sigilo sobre o cargo que pretende disputar nas eleições de 2014. Durante entrevista ao Acorda Cidade, ele deixou claro apenas que será candidato a reeleição.
“Estou naquela fase de meditação, poso ser candidato à reeleição ao
senado, posso ser candidato ao governo e posso ser candidato à
prefeitura de Feira de Santana”.
Questionando novamente sobre a reeleição, o senador João Durval
enfatizou que ainda há muito tempo para pensar e que vai escolher o que
será melhor. João Durval Carneiro é cortejado pelos principais grupos
que sonham em derrotar o grupo político do governador baiano Jaques Wagner.
SERGIPE: A senadora
Maria do Carmo (DEM) tem um cabo eleitoral de peso na luta pela
reeleição, esposa do prefeito João Alves Filho (DEM), diz ser contra a
candidatura dele ao governo do Estado em 2014. Ela afirma que “um ano e
meio” à frente da prefeitura “é muito pouco tempo para uma administração”. “O que ele tem que fazer é trabalhar. Se quiser continuar na política, tenta a reeleição, caso contrário, se recolha”, defende.
Maria do Carmo, que tem um forte carisma junto aos mais humildes, tem legenda garantida, um grupo político que já comandou Sergipe e tem fortes perspectivas de ser candidata à reeleição em 2014. Vai depender do quadro do momento e das pesquisas de opinião pública.
Maria do Carmo, que tem um forte carisma junto aos mais humildes, tem legenda garantida, um grupo político que já comandou Sergipe e tem fortes perspectivas de ser candidata à reeleição em 2014. Vai depender do quadro do momento e das pesquisas de opinião pública.
ALAGOAS: Não é difícil perceber que a disputa
em Alagoas em 2014 por uma vaga ao Senado Federal será acirrada, pois há
vários candidatos. Os nomes em evidências são: Fernando Collor de Melo
(PTB), eleito senador em 2006; o atual Governador Teotônio Vilela Filho
(PSDB), que se elegeu duas vezes à Governo do Estado, isso nos anos de
2006 e 2010.
O Senador Fernando Collor que é proprietário das Organizações Arnon de
Melo, detentor da afiliada Rede Globo em Alagoas e de um poderoso
Sistema Empresarial e de Comunicação, termina seu mandato em 2014 e já
botou o bloco na rua para a reeleição. O mesmo já está em plena
campanha com os seus discursos fortes mostrando, segundo ele, as
deficiências na área de segurança pública do Estado de Alagoas. Ele defende uma política de segurança no combate a criminalidade em Alagoas.
PERNAMBUCO: Duas vezes prefeito do Recife e
governador de Pernambuco, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) não está
disposto a ver sua carreira política se encerrar em 2014, quando
terminam os oito anos de mandato na Casa Alta. No último mês, durante a
comemoração de seus 71 anos, o peemedebista deixou claro que deseja
“lutar” pela renovação de seu mandato.
“A minha situação é que eu vou brigar pelo espaço que conquistei, onde
cheguei, venci. Sou senador e vou lutar para ser candidato à reeleição.
Não sendo, admitida a possibilidade de disputar o mandato de federal.
Vou lutar com Raul, junto com ele. A gente tem todo um histórico de
correção”, lembrou.
Jarbas Vasconcelos está buscando alternativas que não o deixe refém do
governador Eduardo Campos ou que não lhe levem a integrar qualquer base
de apoio onde esteja seu principal desafeto político, o Partido dos
Trabalhadores. Sendo assim, abriu um horizonte de diálogos que
transcende as esferas partidárias.
A favor de Jarbas, o apoio do PMDB ao então desconhecido candidato
Geraldo Júlio (PSB), apadrinhado político de Campos que mais tarde se
tornou prefeito do Recife, dizem os analistas que a união de Jarbas e
Campos em Recife, selou a reeleição do senador pernambucano.
RIO GRANDE DO NORTE: Restando menos de um ano
para as eleições de 2014, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) ainda não
decidiu se será candidata à reeleição. Entretanto, com reprovação acima
dos 80%, segundo a última pesquisa Consult, a possibilidade de ela vir a
disputar a reeleição é vista como algo improvável – embora não
impossível. Dona da vaga do Rio Grande do Norte em 2006 no Senado
Federal, Rosalba afastou-se do cargo para disputar o governo e saiu
vitoriosa.No Rio Grande do Norte, duas mulheres são apontadas como
favoritas na disputa pela única vaga no Senado Federal: O PSB ainda tem o
nome da ex-governadora Wilma de Faria, que aparece bem nas pesquisas,
mesmo sem admitir candidatura. Na verdade, a torcida tanto de Wilma de
Faria (PSB) como da deputada federal Fátima Bezerra (PT) é entrar na
chapa de senador, com o apoio do PMDB. Desde 1990, o PMDB vem sendo
decisivo para eleger o senador na chapa do partido.
PIAUÍ: O senador João Vicente Claudino (PTB)
que nasceu na Paraíba (Cajazeiras), revelou ainda que tem conversado com
um importante cabo eleitoral do seu projeto político, o ex-prefeito de
Teresina Sílvio Mendes (PSDB) e que deve se candidatar à reeleição para o
Senado Federal.
Sobre
a postulação, João Vicente Claudino que é favorito ao cargo, enfatizou
que o natural é tentar a reeleição "Também podemos disputar qualquer
outro cargo ou não disputar, mas tenho conversado de maneira mais
incisiva e o natural é a reeleição", concluiu.
CEARÁ: O senador Inácio Arruda (PCdoB)
reafirmou que vai pleitear a reeleição junto aos aliados. O parlamentar
se diz em condições de pleitear. Diante de um cenário indefinido na
conjuntura política de 2014, o senador Inácio Arruda garante, em
entrevista ao Diário do Nordeste, que o PCdoB do Ceará só
trabalha com a possibilidade de tentar reelegê-lo e manter as duas
vagas de deputado federal na bancada cearense. Entretanto, ele reconhece
que, se o PT resolver lançar uma candidatura de senador com o apoio do
PSB, a situação ficaria "difícil" porque, no próximo ano, o Estado só
elegerá uma cadeira no Senado.
De acordo com Inácio Arruda, em nível nacional, o partido quer ampliar a
representação no Congresso Nacional, acrescentando que abrir mão da
candidatura dele de senador para tentar uma vaga na Câmara Federal seria
"retroagir", contrariando o projeto do nacional do seu partido. "Se
pensar assim, já diminui os nossos espaços de composição. Se admite que
vai sair do Senado, já perdeu a posição. O partido que está querendo
crescer no plano nacional já fica diminuído". E completa: "nós não temos
outro plano”, encerrou.
MARANHÃO: Há um número significativo de
senadores que não deve sequer tentar a reeleição e o representante do
Maranhão se enquadra muito bem nessa realidade. Fazem parte desse grupo
os parlamentares mais velhos e que já anunciaram a decisão de deixar o
Senado ao fim do mandato, como Pedro Simon (PMDB-RS)
e José Sarney (PMDB-AP). Garibaldi Alves (PMDB-RN) e Epitácio Cafeteira
(PTB-MA) podem engrossar a turma. Garibaldi completou 90 anos em maio.
Cafeteira completará 90 em junho do ano que vem.
Com Epitácio Cafeteira fora da disputa, despontam como favoritos os
nomes da governadora Roseana Sarney, do ministro do Turismo e deputado
Gastão Vieira, o vice-prefeito de São Luiz Roberto Rocha (PSB) e o
deputado Domingos Dutra.
Enquanto uns sonham em disputar o Governo e outros são cortejados para
participar de chapas majoritárias, a situação do senador paraibano é bem
diferente.
Com dificuldades de emplacar vaga em qualquer chapa, quer seja pelas
desavenças pessoais com o governador Ricardo Coutinho (PSB), ou por
incompatibilidade partidária, numa aproximação com Veneziano Vital
(PMDB), Cícero vê até o surgimento de uma chapa do Blocão, composta pelo
PT, PP e PSC, como sonho impossível, restando ao Caboclinho do Sertão
se ‘agarrar’ na duvidosa candidatura de Cássio Cunha Lima (PSDB) ao
Governo no próximo ano.
E, mesmo com uma confirmação de candidatura tucana, Lucena sabe que são
fortes as chances de Cássio disponibilizar a vaga para o Senado a outro
partido, com o intuito de garantir tempo no guia e musculatura
eleitoral, fortalecendo a arco de alianças do PSDB.
Ao contário dos seus colegas nordestinos, Lucena poderá deixar de sonhar
com a vaga, sem ao menos sequer ter condições de entrar na disputa.
Para permanecer no Senado, Cícero sabe que terá que contrariar todos os prognósticos.
A reeleição do paraibano está cada vez mais ameaçada.
Henrique Lima/ Márcia Dias
PB Agora
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