quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Pe. Geovane Saraiva

Santa Teresinha: confiança, simplicidade e humildade
Santa Teresinha do Menino Jesus foi chamada para o seio do Pai há 116 anos, aos 30 de setembro de 1897. Como poderia se tornar padroeira das Missões uma monja de vida contemplativa, sem jamais deixar a clausura, de uma vida tão curta? Quais as realizações de Teresina para merecer tão honroso título? Veja o que ela disse: “Quereria percorrer a terra, pregar o teu nome, implantar no solo infiel a tua cruz gloriosa, mas, ó meu Bem Amado, uma missão só não me bastaria: Quereria, ao mesmo tempo, anunciar o Evangelho nas cinco partes do mundo e até nas ilhas mais longínquas”.

Foi no dia 14 de dezembro de 1927, que o Papa Pio XI proclamou Santa Teresinha do Menino Jesus padroeira principal de todos os missionários, homens e mulheres e de todas as missões existentes sobre a terra, juntamente com São Francisco Xavier, com todos os direitos e privilégios deste título, aquela que sempre alimentou o maior de todos os sonhos: “Quereria ser missionário, não apenas durante alguns anos, mas quereria tê-lo sido desde a criação do mundo até à consumação dos séculos. Mas quereria, sobretudo, ó meu Bem Amado Salvador, derramar o meu sangue por Ti, até à última gota”.

Tenho a profunda convicção de que Santa Teresinha fundamentou a sua vocação contemplativa e missionária na Palavra de Deus, no imperativo de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Ide pelo mundo inteiro e pregai e Evangelho a toda criatura” (Mc 16, 15), oferecendo-lhe a sua curta existência, ao colocar no coração da Igreja sua silenciosa, alegre e generosa doação, como uma perfeita oferenda. 

Sua extraordinária atividade consistiu em realizar a vontade de Deus, começando nas pequenas coisas, como afirma o Evangelho: “Quem é fiel nas coisas pequenas também será nas grandes” (Lc 16, 10). Ela que não implantou obras, as quais merecessem aplausos das pessoas e do mundo. Também não fundou mosteiros como fez Santa Teresa de Jesus (Teresa D’Ávila) e também não abraçou o anúncio do Evangelho, através da profecia, do ardor, do entusiasmo e do despojamento, na renúncia e doação generosa, a exemplo do apóstolo do Oriente, São Francisco de Xavier.  Santa Teresinha quis mostrar ao mundo o quanto é importante e salutar a aceitação das nossas próprias limitações e da nossa pequenez. Que não devemos nos envergonhar da nossa humanidade. Não há nada de especial e extraordinário na vida dessa monja, a não ser a sua simplicidade, humildade e confiança inabalável no amor misericordioso de Deus e Pai.

Seu jeito de viver consistiu na grandiosa e inigualável busca da vontade de Deus, de tal modo foi, que nos dias de hoje é considerada a maior Santa dos tempos modernos. Santa Teresinha nos ensina que a oração é o sustento da nossa ação missionária e que o sucesso no nosso trabalho depende da nossa íntima e estreita união com Deus, nos quais a contemplação da face de Deus é a arma imprescindível e poderosíssima, no sentido de sensibilizar as pessoas na realização de seus sonhos e projetos.

Santa Teresinha morreu consumida pelo amor, prometendo que faria descer sobre a terra uma contínua chuva de rosas. Ela a realizou e continua a realizar essa promessa, vivendo na presença de Deus, realidade inexprimível e indizível, nos incontáveis milagres, compreendido a partir da Palavra da verdade e no Espírito santificador. Para a nossa reflexão, eis o seguinte pensamento da padroeira das missões: “Ó Jesus, meu Amor! Encontrei finalmente a minha vocação: a minha vocação é o Amor... Sim, encontrei o meu lugar na Igreja, e esse lugar, ó meu Deus, fostes Vós que mo destes... No coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o Amor... Assim serei tudo! Assim o meu sonho será realizado!”

Fonte: Pe. Geovane Saraiva

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