Quem será o próximo governador da Paraíba? Esta é a pergunta que não quer calar
Muitos usam o
delírio para anunciar uma possível candidatura de Cássio Cunha Lima para
governador do estado da Paraíba, nas próximas eleições, enquanto
usufruem das regalias de Ricardo Coutinho, que já anunciou a sua
candidatura à reeleição. Correndo por fora, encontra-se o “Cabeludo”,
que aliás, as laterais dos outros dois, podem abrir caminho para ele
chegar ao palácio. Isso cabe uma pergunta: porque?
Embora aliados e
correligionários políticos ou até mesmo a ala do “fã clube” do
ex-governador, anunciem a sua candidatura, ele permanece sem se
pronunciar, diretamente a respeito. Prefere a cômoda posição de deixar
para “amigos” cantarem a sua candidatura e jogarem nas ruas essa
possibilidade, para quem sabe pegar nos pulsos do povo paraibano.
Ora, Cássio
Cunha Lima tem duas condenações por abuso de poder político e econômico -
relativas à distribuição de 35 mil cheques para eleitores, sob o
argumento de se tratar de um programa assistencial e por uso indevido de
um jornal oficial do estado, para promover sua candidatura à reeleição.
Os fatos considerados proibidos ocorreram durante a campanha de Cássio à
reeleição ao governo da Paraíba em 2006.
Um ano depois
ele foi condenado pelo TRE-PB e em 2008 o TSE confirmou a cassação do
mandato de governador e também do vice-governador José Lacerda Neto.
O grande
entrave jurídico travado por Cássio foi tentar provar que a lei não
poderia retroagir, no seu caso, o que, de fato, acabou acontecendo e ele
conseguiu assumir a vaga no Senado. No entanto, a condenação foi
confirmada e ele recebeu uma pena de 8 anos de inegibilidade, a contar
do ano em que foi denunciado.
Acontece que a
justiça brasileira possui várias jurisprudências, as quais abrem légues
de interpretações, das mais diversas formas. Primeiro, advogados do
Senador podem defender a tése de que ele ficaria elegível, justamente,
no dia 4 de outubro de 2013, dia da votação(fato condedido a outro
político brasileiro recentemente). Porém, outros entendimentos giram em
outras datas, como, por exemplo, o último dia do ano de 2014. Nesse
caso, o Senador teria que renunciar o Senado para depois ser Diplomado, e
não o contrário. Assim, ele não poderia mais voltar a ser Senador, caso
um eventual desfecho negativo acontecesse e ele não pudesse assumir, na
hipótese dele ser candidato e ganhar as eleições. Caso isso ocorresse, o
ex-governador ficaria um político sem mandato.
Ele conseguiu
escapar de todas as linhas do TSE, porém, para o ministro-relator,
Cássio não tinha como escapar da alínea j da Lei da Ficha Limpa, que
considera inelegível por oito anos, a contar da eleição, quem for
condenado pela Justiça Eleitoral, em decisão colegiada, por prática
tipificada como abuso de poder político e econômico além de uso indevido
dos meios de comunicação nos três meses que antecedem a data da
eleição.
Lei Complementar nº 135, de 4 de junho de 2010
Altera
a Lei Complementar no 64, de 18 de maio de 1990, que estabelece, de
acordo com o § 9o do art. 14 da Constituição Federal, casos de
inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências,
para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a
probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato.
Por outro lado,
o governador atual do estado da Paraíba, Ricardo Coutinho, que não tem
em seus ombros nenhuma condenação imposta, já anunciou que disputará a
reeleição, nas próximas eleições. No entanto, os números apontam alta
rejeição.
Na cidade de
Conceição, por exemplo, nos purões da política, pessoas que estão
ligadas, políticamente, ao atual governador, torcem para que Cássio seja
candidato. Assim, RC ficaria a ver navios e mutos debandariam para o
palanque ou para o ninho tucano. Sem falar que na cidade de Conceição, a
população foi esquecida pelo atual governador. Na Câmara dos Vereadores
da cidade, todos os vereadores criticam, fortemente, RC. No entanto,
ele esteve presente, recentemente, no município e com uma "esmola" na
mão direita, armou a cena do ilusionismo, chegando a ser defendido por
um radialista, que aliás, não dá para entender os motivos, razões ou
circunstâncias, pelos quais, o radialista o defende. Ou dá?
Correndo por
fora ou até mesmo em situação mais confortável, vem o “cabeludo”
Veneziano, que tem uma simpatia nata. Venê recebeu, recentemente, uma
condenação por improbidade administrativa, que poderia afastá-lo de
concorrer á cargos políticos por 3 anos. Porém, ele promete que
derrubará a condenação nos tribunais, uma vez que ela ainda não
transitou in julgado.
Assim sendo,
Veneziano Vital do Rêgo, caso candodato seja e livre do alcance da
justiça, será um forte concorrente, com posibilidades reais de levar o
poder para o tradicional PMDB.
Existem ainda
conversas de bastidores, que dão conta de que o ex-governador Ronaldo
Cunha Lima, antes de falacer, havia pedido uma união entre os Cunha Lima
e os Vital do Rêgo. Nesse caso, campina grande inteira abraçaria a
campanha de Venê e lhe colocaria, de vez,, como o número 1 na disputa a
governador da Paraíba.
Gilberto Angelo/ValedoPinacóNotícias
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