Morto há mais de 1900 anos, Pôncio
Pilatos pode ser processado pela sentença de morte de Jesus Cristo. O
advogado queniano Dola Indidis quer apelar no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, contra a condenação e a punição dada ao filho de Deus.
Em entrevista ao jornal local Kenyan
Citizen News, o jurista disse que esta é sua missão. “É meu dever
defender a dignidade de Jesus e eu tenho que ir ao TIJ buscar justiça
para um homem de
Nazaré”, disse ele. “Um julgamento seletivo e malicioso violou os seus
direitos humanos por meio de má conduta judicial, abuso de poder e
preconceito”.
Além de Pilatos, o imperador Tibério e o rei Herodes também fazem parte do processo,
junto com professores de direito da época. Apesar de todos os acusados
já estarem mortos, Indidis insiste que o governo para o qual eles
trabalhavam ainda pode ser punido. “Eu sei que temos um bom caso, com
uma alta probabilidade de sucesso e espero que ele seja julgado durante a
minha vida”.
Indidis diz que reza para que a corte decida
que o julgamento e punição recebidos por Jesus Cristo sejam considerados
nulos, pois, segundo ele, não ocorreram conforme o Estado de Direito em
que os fatos ocorreram e nem em qualquer momento posterior. “Alguns dos
presentes [durante o julgamento] cuspiram em seu rosto, machucaram seus
pulsos, bateram nele, zombaram dele e disseram que ele era digno de
morte”, afirmou ao site de notícias local Standard Media (SDE).
Em sua página no Facebook, Indidis pede doações em apoio à causa. Ele também publicou uma carta, datada de dezembro de 2011, de quando tentou pela primeira vez enviar o caso a Haia.
Anteriormente, o advogado havia tentado
entrar com a mesma causa no Supremo Tribunal de Nairobi, mas o caso foi
rejeitado. Por isso, ele agora quer levar suas acusações ao TIJ. No
entanto, o caso também não deve avançar na autoridade jurídica, que só
possui jurisdição sobre processos entre Estados. Como a defesa de
Indidis não está vinculada a um país, seu pedido não deve ser atendido.
Época
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