O governador Ricardo Coutinho (PSB) já sente na pele
as primeiras pressões políticas para que abandone a pré-candidatura à
sucessão de Dilma Roussef (PT) do aliado, vizinho e presidente nacional
de seu partido, Eduardo Campos. Coincidência ou não, projetos
importantes anunciadas pela presidente em sua última visita à Paraíba,
em março, continuam no sistema de "banho maria" no governo federal.
Segundo Ricardo Coutinho já foi informado, a Casa
Civil é a responsável por monitorar de perto o processo de liberação dos
recursos prometidos por Dilma na agenda que incluiu a Paraíba e, não
por coincidência, os outros estados governados pelo PSB. A ministra
Gleisi Hoffman, titular da pasta, estaria criando obstáculos para a
tramitação interna no governo para provocar uma conversa mais direta com
o governador paraibano sobre 2014.
Dois exemplos concretos de compromissos assumidos
publicamente pela presidente e que não se concretizaram ainda, de forma
oficial por conta da "tremenda burocracia de Brasília", dizem respeito à
construção da segunda etapa do Centro de Convenções. cujos recursos
estão emperrados no Ministério do Turismo, e o empréstimo para a Cagepa,
no valor de R$ 150 milhões, no âmbito do BNDES. Outros projetos
estruturantes também estão "na berlinda" no Planalto.
Experiente, Ricardo Coutinho já entendeu
politicamente o recado de Dilma, mas deixa claro que não vai, por
enquanto, criar problemas de desgaste com o Planalto, atribuindo o
processo de retenção de recursos aos surrados entraves burocráticos das
gestões. De qualquer forma, pretende conversar com a presidente e
"sentir o pulso" dela em relação às suspeitas de possíveis pressões para
que se decida em favor da reeleição da petista e nã, política e
partidariamente, o aliado Eduardo Campos.
Blog do Marcos Alfredo
Nenhum comentário:
Postar um comentário