segunda-feira, 3 de junho de 2013


O governador Ricardo Coutinho (PSB) já sente na pele as primeiras pressões políticas para que abandone a pré-candidatura à sucessão de Dilma Roussef (PT) do aliado, vizinho e presidente nacional de seu partido, Eduardo Campos. Coincidência ou não, projetos importantes anunciadas pela presidente em sua última visita à Paraíba, em março, continuam no sistema de "banho maria" no governo federal.
Segundo Ricardo Coutinho já foi informado, a Casa Civil é a responsável por monitorar de perto o processo de liberação dos recursos prometidos por Dilma na agenda que incluiu a Paraíba e, não por coincidência, os outros estados governados pelo PSB. A ministra Gleisi Hoffman, titular da pasta, estaria criando obstáculos para a tramitação interna no governo para provocar uma conversa mais direta com o governador paraibano sobre 2014.
Dois exemplos concretos de compromissos assumidos publicamente pela presidente e que não se concretizaram ainda, de forma oficial por conta da "tremenda burocracia de Brasília", dizem respeito à construção da segunda etapa do Centro de Convenções. cujos recursos estão emperrados no Ministério do Turismo, e o empréstimo para a Cagepa, no valor de R$ 150 milhões, no âmbito do BNDES. Outros projetos estruturantes também estão "na berlinda" no Planalto.
Experiente, Ricardo Coutinho já entendeu politicamente o recado de Dilma, mas deixa claro que não vai, por enquanto, criar problemas de desgaste com o Planalto, atribuindo o processo de retenção de recursos aos surrados entraves burocráticos das gestões. De qualquer forma, pretende conversar com a presidente e "sentir o pulso" dela em relação às suspeitas de possíveis pressões para que se decida em favor da reeleição da petista e nã, política e partidariamente, o aliado Eduardo Campos.
Blog do Marcos Alfredo

Nenhum comentário:

Postar um comentário