Associação das Prostitutas do Ceará vê 'hipocrisia' com espanhóis
Delegação da Espanha se fez notar ao protagonizar uma confusão com garotas de programa em um hotel de Fortaleza, algo, evidentemente, negado pelos boleiros
"As pessoas podem até imaginar: ‘Ah, que bom! Vem mais
gente!’. Mas o que vem junto? Aumenta a exposição das meninas à
violência e à uma série de coisas que não são legais. Ou seja, há o
risco de piorar a situação. Existe uma profunda preocupação, porque não é
simples lidar com o ser humano, especialmente com pessoas que deixam
suas vidas em outros países e chegam aqui achando que podem fazer de
tudo", explica Alice de Oliveira, que vem respondendo pela Aproce.
Fundada há 22 anos, a entidade conta com cerca de três
mil integrantes, mas precisa superar um momento de crise. Então
presidente da ONG, a ex-prostituta Rosarina Sampaio, uma das fundadoras
da Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo, morreu no último dia 25
de março. Alice de Oliveira integra a Coordenadoria de Políticas para
as Mulheres, ligada à Secretaria de Direitos Humanos da prefeitura, e
atuava como assessora técnica da Aproce, mas desde o falecimento da
última líder vem tentando uma rearticulação - ela nunca trabalhou como
garota de programa.
"A Rosarina foi a pessoa que alavancou o caminhar da
Aproce. O falecimento dela acabou sendo um baque muito grande. Fizemos
um encontro da diretoria e concluímos que a entidade não pode terminar. A
instituição era o grande amor da Rosarina e a melhor forma que temos de
reconhecer a dedicação dela é dar continuidade. Há um vácuo muito
grande e estamos tentando nos reorganizar internamente. Isso passa por
encontrar outra pessoa para liderar, o que leva tempo", explicou.
A sede da Aproce, localizada ao lado de uma
igreja no bairro de Aerolândia, foi cedida pela prefeitura local. Ainda
assim, a ONG sofre com a falta de recursos, já que a morte inesperada de
Rosarina prejudicou a elaboração de projetos para editais
governamentais, principal fonte de recursos da entidade. Desta forma, a
organização depende da solidariedade de pessoas que se identifiquem com a
causa para sobreviver até 2014, ano do Mundial.
De acordo com Alice de Oliveira, o aumento no
número de turistas registrado em decorrência da disputa da Copa das
Confederações em Fortaleza foi tímido e difícil de perceber durante o
período de férias, que tradicionalmente incrementa a quantidade de
visitantes. A delegação da Espanha, no entanto, se fez notar ao
protagonizar uma confusão com garotas de programa em um hotel de
Fortaleza, algo, evidentemente, negado pelos boleiros.
"O maior impacto é provocado pela chegada dos
jogadores, que com certeza devem sair, brincar e conhecer pessoas. Como a
maioria é comprometida, dificilmente vão assumir (o episódio no hotel).
Lamentavelmente, vivemos em uma sociedade hipócrita, que está sempre
tentando tapar o sol com a peneira. A relação entre jogadores e
prostitutas ou travestis sempre existiu. São coisas que acontecem, não
dá para negar. Só acho que há uma cobrança desnecessária e um pouco
hipócrita", afirmou Alice.
Atletas conhecidos mundialmente ou não, todos são livres
para tomar suas próprias decisões, argumentou a assessora técnica da
Aproce. "Nem todos os jogadores vão, cada um deve fazer sua opção. As
pessoas deveriam parar de ficar penalizando, de ficar olhando tanto para
a vida dos outros. Viva a sua vida. Se você quiser sair, saia. Se é com
homem ou com mulher, não importa. Se quer pagar para namorar, cada um
tem os seus direitos", declarou Alice.
"As pessoas podem até imaginar: ‘Ah, que bom! Vem mais
gente!’. Mas o que vem junto? Aumenta a exposição das meninas à
violência e à uma série de coisas que não são legais. Ou seja, há o
risco de piorar a situação. Existe uma profunda preocupação, porque não é
simples lidar com o ser humano, especialmente com pessoas que deixam
suas vidas em outros países e chegam aqui achando que podem fazer de
tudo", explica Alice de Oliveira, que vem respondendo pela Aproce.
Fundada há 22 anos, a entidade conta com cerca de três
mil integrantes, mas precisa superar um momento de crise. Então
presidente da ONG, a ex-prostituta Rosarina Sampaio, uma das fundadoras
da Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo, morreu no último dia 25
de março. Alice de Oliveira integra a Coordenadoria de Políticas para
as Mulheres, ligada à Secretaria de Direitos Humanos da prefeitura, e
atuava como assessora técnica da Aproce, mas desde o falecimento da
última líder vem tentando uma rearticulação - ela nunca trabalhou como
garota de programa.
"A Rosarina foi a pessoa que alavancou o caminhar da
Aproce. O falecimento dela acabou sendo um baque muito grande. Fizemos
um encontro da diretoria e concluímos que a entidade não pode terminar. A
instituição era o grande amor da Rosarina e a melhor forma que temos de
reconhecer a dedicação dela é dar continuidade. Há um vácuo muito
grande e estamos tentando nos reorganizar internamente. Isso passa por
encontrar outra pessoa para liderar, o que leva tempo", explicou.
A sede da Aproce, localizada ao lado de uma
igreja no bairro de Aerolândia, foi cedida pela prefeitura local. Ainda
assim, a ONG sofre com a falta de recursos, já que a morte inesperada de
Rosarina prejudicou a elaboração de projetos para editais
governamentais, principal fonte de recursos da entidade. Desta forma, a
organização depende da solidariedade de pessoas que se identifiquem com a
causa para sobreviver até 2014, ano do Mundial.
De acordo com Alice de Oliveira, o aumento no
número de turistas registrado em decorrência da disputa da Copa das
Confederações em Fortaleza foi tímido e difícil de perceber durante o
período de férias, que tradicionalmente incrementa a quantidade de
visitantes. A delegação da Espanha, no entanto, se fez notar ao
protagonizar uma confusão com garotas de programa em um hotel de
Fortaleza, algo, evidentemente, negado pelos boleiros.
"O maior impacto é provocado pela chegada dos jogadores, que com certeza devem sair, brincar e conhecer pessoas. Como a maioria é comprometida, dificilmente vão assumir (o episódio no hotel). Lamentavelmente, vivemos em uma sociedade hipócrita, que está sempre tentando tapar o sol com a peneira. A relação entre jogadores e prostitutas ou travestis sempre existiu. São coisas que acontecem, não dá para negar. Só acho que há uma cobrança desnecessária e um pouco hipócrita", afirmou Alice.
Atletas conhecidos mundialmente ou não, todos são livres para tomar suas próprias decisões, argumentou a assessora técnica da Aproce. "Nem todos os jogadores vão, cada um deve fazer sua opção. As pessoas deveriam parar de ficar penalizando, de ficar olhando tanto para a vida dos outros. Viva a sua vida. Se você quiser sair, saia. Se é com homem ou com mulher, não importa. Se quer pagar para namorar, cada um tem os seus direitos", declarou Alice.
"O maior impacto é provocado pela chegada dos jogadores, que com certeza devem sair, brincar e conhecer pessoas. Como a maioria é comprometida, dificilmente vão assumir (o episódio no hotel). Lamentavelmente, vivemos em uma sociedade hipócrita, que está sempre tentando tapar o sol com a peneira. A relação entre jogadores e prostitutas ou travestis sempre existiu. São coisas que acontecem, não dá para negar. Só acho que há uma cobrança desnecessária e um pouco hipócrita", afirmou Alice.
Atletas conhecidos mundialmente ou não, todos são livres para tomar suas próprias decisões, argumentou a assessora técnica da Aproce. "Nem todos os jogadores vão, cada um deve fazer sua opção. As pessoas deveriam parar de ficar penalizando, de ficar olhando tanto para a vida dos outros. Viva a sua vida. Se você quiser sair, saia. Se é com homem ou com mulher, não importa. Se quer pagar para namorar, cada um tem os seus direitos", declarou Alice.
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