É pouco provável que o ex-prefeito Luciano Agra (PEN) e o
deputado federal Wellington Roberto (PR) tenham relações pessoais e
políticas bem afinadas. Talvez nem tenham se falado direito durante o
curso de suas vidas. Mas a partir de hoje, mesmo sem saber, eles tem
algo em comum. Ambos, sem combinar, recusaram convite do ex-prefeito
Veneziano Vital do Rego e evitaram aparecer ao lado dele na segunda
edição do Pensando a Paraíba, em Sousa, neste Sábado. O pior é que eles
foram publicamente convidados o que, somado a pública ausência dos dois
no evento, acentua o desfalque.
Wellington Roberto, que há dias revelou neste blog o total
descontentamento com a forma pela qual estava sendo tratado pelo PMDB,
preferiu prestigiar suas bases e viajou para Alcantil. Poderia ter
enviado o filho, o deputado Caio Roberto, para representá-lo. Que nada.
Caio não tinha perdido nada em Sousa e preferiu se encontrar com suas
bases em Cajazeirinhas .
A ausência de Wellington reforça a tese de que ele não se
deixará ser usado como boneco do PMDB, tendo garantia de espaços apenas
nas fotografias do evento e não na chapa majoritária, como candidato ao
Senado. Terá que ser ainda mais adulado pra voltar a posar nas fotos ao
lado de Veneziano.
Já a ausência de Agra é mais complexa. Recém filiado ao PEN, o
ex-prefeito de João Pessoa sequer cogitou ir ao evento do PMDB. Nem
mesmo para retribuir o prestígio (?) que Veneziano lhe emprestou quando
esteve em sua filiação ao PEN. Não quer bater esteira para o Cabeludo no
litoral nem muito menos no sertão.
Difícil será pra Veneziano quando ele descobrir o que se diz
dele em rodas que reúnem Roseana Meira, Ronaldo Guerra e outros fiéis
escudeiros do ex-prefeito da Capital.
Quem apertar irá extrair a informação de que o “coletivo” de
Agra não aceita, sob hipótese alguma, que el seja candidato a vice de
Veneziano. Consideram que mancha o conceito de Agra e o diminui. Pra
eles, o mantra mais divulgado é de que “vice só de Cássio”.
Com Veneziano, no máximo, encarariam compor a chapa como candidato ao Senado, o que já seria lucro para o Cabeludo.
O fato é que o PMDB perceberá rapidinho que será melhor não
gastar tinta de impressora ou conta de telefone convidando Agra para
participar do Pensando a Paraíba.
Vão continuar a ouvir “ausente” quando forem fazer a chamada.
Luís Tôrres
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