terça-feira, 30 de abril de 2013

OS PRESIDENCIÁVEIS



Quais olhos são mais fotogênicos, os expressivos castanhos de Aécio Neves ou os reluzentes azuis de Eduardo Campos? E o sorriso? O da Marina Silva é mais empático. Mas no quesito dos cabelos... Vence a presidente Dilma com seu topete.
Acreditem, essas avaliações fazem parte de conversas sobre o poder de sedução dos eventuais candidatos ao próximo mandato presidencial da República, na propaganda eleitoral de 2014. Elas (as conversas) rolam entre cidadãos comuns sem militância partidária e impressionados com a insaciabilidade do PT.
Por exemplo. Uma das frases que mais ouço sobre petistas insaciáveis é a que eles reclamam de barriga cheia. Ou seja, desejam ainda mais poder apesar de governarem o país há 11 anos; e estão longe de se satisfazerem com a baita popularidade de Dilma.
Além disso, tratam como inimigo quem não for filiado ao partido. Daí começarem a surgir perguntas cada vez mais frequentes: Onde querem chegar? A um governo totalitário? A uma “ditadura popular”?
Justiça social e igualdade de oportunidades há tempos deixaram de ser coisa de “bicho papão” para as “elites”. Hoje quase todo mundo sabe que as esquerdas democráticas querem promover o bem-estar das sociedades e isso pode ser bom para todos. Óbvio.
Porém, bem-estar passa por liberdade de pensamento e expressão; e respeito às diversidades. Nada a ver com totalitarismo, censura ou patrulhamentos.


Daí que tem gente esclarecida, de classe média emergente ou tradicional, incomodada com certas marolas como as que agitaram a Câmara dos Deputados, na semana passada, a fim de afogar o Ministério Público (PEC 37) e o Supremo Tribunal Federal (PEC 33) para trazerem à tona a “soberania do povo”!
No artigo “Abril, outra vez” (Folha de S.Paulo, 26/04), Marina Silva refere-se à “tentação autoritária” de alguns setores da esquerda latino-americana. E comenta que costumava dizer não haver ambiente para esse tipo de aventura no Brasil.
Agora, “com tantas velhas mentiras pintadas como novas verdades penso que devemos ficar de olhos abertos”, escreveu no artigo.
A mudança repentina das regras eleitorais para impossibilitar a formação da Rede Sustentabilidade acabou por fortalecê-la. Afinal, ajudou a criar uma boa trama entre os políticos de oposição. A novíssima Mobilização Democrática, ou MD33, de Roberto Freire, está ao seu dispor.
Sim... Aécio Neves e Eduardo Campos uniram-se para defendê-la. Como bons adversários, trocando olhares, sorrisos e quem sabe? Votos na hora certa.

Ateneia Feijó é jornalista.
Blog do Noblat

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