Quais
olhos são mais fotogênicos, os expressivos castanhos de Aécio Neves ou
os reluzentes azuis de Eduardo Campos? E o sorriso? O da Marina Silva é
mais empático. Mas no quesito dos cabelos... Vence a presidente Dilma
com seu topete.
Acreditem, essas avaliações fazem parte de
conversas sobre o poder de sedução dos eventuais candidatos ao próximo
mandato presidencial da República, na propaganda eleitoral de 2014.
Elas (as conversas) rolam entre cidadãos comuns sem militância
partidária e impressionados com a insaciabilidade do PT.
Por
exemplo. Uma das frases que mais ouço sobre petistas insaciáveis é a que
eles reclamam de barriga cheia. Ou seja, desejam ainda mais poder
apesar de governarem o país há 11 anos; e estão longe de se satisfazerem
com a baita popularidade de Dilma.
Além disso, tratam como
inimigo quem não for filiado ao partido. Daí começarem a surgir
perguntas cada vez mais frequentes: Onde querem chegar? A um governo
totalitário? A uma “ditadura popular”?
Justiça social e igualdade
de oportunidades há tempos deixaram de ser coisa de “bicho papão” para
as “elites”. Hoje quase todo mundo sabe que as esquerdas democráticas
querem promover o bem-estar das sociedades e isso pode ser bom para
todos. Óbvio.
Porém, bem-estar passa por liberdade de pensamento e
expressão; e respeito às diversidades. Nada a ver com totalitarismo,
censura ou patrulhamentos.
Daí
que tem gente esclarecida, de classe média emergente ou tradicional,
incomodada com certas marolas como as que agitaram a Câmara dos
Deputados, na semana passada, a fim de afogar o Ministério Público (PEC
37) e o Supremo Tribunal Federal (PEC 33) para trazerem à tona a
“soberania do povo”!
No artigo “Abril, outra vez” (Folha de
S.Paulo, 26/04), Marina Silva refere-se à “tentação autoritária” de
alguns setores da esquerda latino-americana. E comenta que costumava
dizer não haver ambiente para esse tipo de aventura no Brasil.
Agora, “com tantas velhas mentiras pintadas como novas verdades penso que devemos ficar de olhos abertos”, escreveu no artigo.
A
mudança repentina das regras eleitorais para impossibilitar a formação
da Rede Sustentabilidade acabou por fortalecê-la. Afinal, ajudou a criar
uma boa trama entre os políticos de oposição. A novíssima Mobilização
Democrática, ou MD33, de Roberto Freire, está ao seu dispor.
Sim...
Aécio Neves e Eduardo Campos uniram-se para defendê-la. Como bons
adversários, trocando olhares, sorrisos e quem sabe? Votos na hora
certa.
Ateneia Feijó é jornalista.
Blog do Noblat
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