Império montado por família política desmorona
FRAQUEZA: império montado por importante família da PB desmorona e federal deverá ser novamente ‘sacrificado’ para possibilitar ascensão de patriarca do grupo
O guarda chuva montado pelo ex-governador José Maranhão (PMDB) que
conquistou duas desejadas cadeiras no legislativo - uma na Câmara
Federal e outra na Assembléia Legislativa - parece que ficou pequeno
para os integrantes da família tradicional da região do Curimatau
paraibano.
Com fortes perspectivas de não participar
da chapa majoritária, Zé Maranhão estuda a possibilidade de retomar a
cadeira de deputado federal e com isso derrubar o hoje ocupante da
cadeira, o seu sobrinho Benjamin Maranhão (PMDB), que já abriu mão da
reeleição no ano de 2006, em face da Operação Sanguessuga (leia
matéria).
Com
apenas duas cadeiras, Maranhão tentará a sua sobrevivência politica,
retomando um mandato em Brasília, deixando assim a ver navios o seu
sobrinho, que esperava ansiosamente a ‘aposentadoria’ do tio. Tal
conjectura deixou a outra sobrinha de Zé, a deputada estadual Olenka
Maranhão de orelha em pé. Olenka agora vê em ‘Benjinha’ uma ameaça de
permanência na Casa de Epitácio Pessoa.
Ou seja, com três nomes e com apenas dois cargos, um terá que sobrar, e
inevitavelmente Benjamin poderá ser novamente sacrificado.
Com uma atuação discretíssima na Câmara Federal, Benjamin pouco dá entrevistas e é tido pelos articulistas que acompanham a política em Brasília como um parlamentar ‘desconfiado’ e sem personalidade.
Ante a iminência de voltar ao ostracismo politico, Benjamin ainda sofre
com a ação penal que tramita no STF, que investiga a atuação de um
esquema criminoso, desvendado na Operação Sanguessuga,. Neste, as
empresas do Grupo Planan eram contratadas por meio de licitações
dirigidas para o fornecimento de ambulâncias a preços superfaturados por
diversos municípios brasileiros.
A contratação era condicionada ao pagamento de vantagem indevida a agentes públicos.
Relembre o caso
A Operação Sanguessuga foi deflagrada pela Polícia Federal em quatro de
maio de 2006. Na ocasião, 48 pessoas foram presas e 53 mandados de busca
e apreensão cumpridos. Todos respondem aos processos em liberdade. De
acordo com estimativas feitas à época, o grupo movimentou R$ 110
milhões.
Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Departamento Nacional
de Auditoria do Ministério da Saúde (Denasus), o esquema causou um
prejuízo de pelo R$ 15,5 milhões aos cofres públicos. Conforme auditoria
houve superfaturamento em 70% dos convênios analisados.
No Congresso, a operação policial resultou na abertura de uma CPI mista,
formada por deputados e senadores. A CPI das Ambulâncias, ou dos
Sanguessugas, pediu o indiciamento de 72 parlamentares, sendo três
senadores. Mas nenhum foi cassado.
Entretanto, em outubro de 2006, cinco deputados se reelegeram. Dois
senadores continuaram com o mandato, que estava na metade, enquanto o
paraibano Benjamin Maranhão desistiu de disputar a reeleição por conta
do escândalo.
PB Agora
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