Liderados
pela Federação dos Municípios do Estado da Paraíba (FAMUP) prefeitos da
Paraíba e dos outros oito Estados do Nordeste estão preparando uma
‘greve simbólica’ para protestar contra a falta de recursos e ajuda do
Governo Federal no combate à
seca. A paralisação está marcada para o próximo dia 13 de maio. Os
detalhes e estratégias para a realização do protesto regional serão
definidos em uma reunião entre os dirigentes das entidades
representativas dos prefeitos nordestinos, agendada para a próxima
terça, dia 30, em Maceió (AL).
A proposta de fechar as portas das prefeituras nordestinas foi
acatada pelos representantes dos municípios de toda a região na reunião
de cidades
nordestinas, evento realizado durante o encontro do Conselho Político
da Confederação Nacional de Municípios (CNM), promovido no último dia 19
de abril na cidade de Canela, no RioGrande do Sul. A CNM vai articular a realização da ‘greve’ e está buscando a adesão de mais prefeitos ao protesto.
De acordo com Buba Germano, presidente da Federação dos
Municípios da Paraíba (Famup), a ‘greve’ dos prefeitos não deverá afetar
o atendimento à população. “A orientação da CNM é para fechar as portas
das prefeituras, mas é claro que os serviços essenciais à população
serão mantidos. Os prefeitos vão parar simbolicamente para demonstrar a
insatisfação na forma como o Governo Federal tem tratado as prefeituras
na questão da seca”, informou.
A Famup ainda não tem uma estimativa de quantos prefeitos
paraibanos deverão aderir ao protesto, o que só deverá ser definido após
a reunião de organização do protesto que acontecerá na próxima semana
em Maceió. Os prefeitos vão contar com o apoio da CNM que fará estudos
técnicos sobre a estiagem para mostrar as perdas geradas pela seca. No
protesto, serão usadas imagens chocantes mostrando o gado morto, açudes e
reservatórios vazios e plantações destruídas.
SEM AJUDA
Os prefeitos reclamam que a ajuda anunciada pelo Governo
Federal não chega aos municípios. Segundo o relato dos presidentes das
entidades nordestinas, apesar da série de anúncios do governo federal, a
ajuda que chega aos municípios é mínima.
No último dia 2 de abril do corrente ano, a presidente Dilma Rousseff anunciou, durante reunião com os governadores, em Fortaleza (CE),
um pacote de medidas emergenciais contra a seca e garantiu que os
investimentos federais para enfrentar o problema serão R$ 9 bilhões.
redação com jpoline
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